Ia escrever sobre o jogo de ontem, mas os colorados Fabrício Carpinejar e Mário Corso disseram tudo:

O Inter é o Barcelona de 2006. Subestimou os africanos de Mazembe. Assim como os catalões haviam menosprezado o colorado de Iarley e Fernandão.

Perdeu a semifinal do Mundial pela sua soberba. Criou o salto alto durante o Brasileiro. Inventou de economizar os craques, poupar suas estrelas, não gastá-los no segundo semestre. Um time se forja no embate, é ali que vai encontrar seu limite, não em treinos (até porque sequer existiu fidelidade aos treinos. Acostumado ao 4-4-2, o grupo atuou no esquisito 4-2-3-1).

Qual foi o último jogo sério do Inter antes dessa derrota? Alguém lembra? Depois da conquista da Libertadores, restou munição de festim. O Inter parou no tempo, congelou a imagem da vitória sobre o Chivas e substituiu a alta performance pelas lembranças.

Planejamos nossa desagregação; descobrimos da pior forma. A despedida no Beira-Rio, contra o Avaí, já mostrava antecipada a cara da desgraça. Dificuldade de concluir e uma retaguarda perdida.

O elenco aterrissou em Abu Dhabi com retrospecto de amistoso. Celso Roth abriu mão do verdadeiro laboratório para um time: a competição. Não há como se armar para uma guerra com ímãs de geladeira. 

Quem enxergou diferença entre essa terça (14/12) com Mazembe e as últimas rodadas coloradas do Brasileirão? Ninguém. Um time que avança pelos lados e não tem conclusão nenhuma. Excessivamente perdulário. Rafael Sobis desperdiçou três claras chances de gol, Giuliano desprezou uma bola fácil, entramos em campo procurando um centroavante (Alecsandro não tem GPS). Trocamos o entrosamento que só se atinge no conflito pela ideia de preservar os atletas. O Inter estava tão descansado que dormiu no ponto. Entrou de férias no Mundial.

Os mesmos problemas: substituições equivocadas, Renan assistindo as bolas entrando, Bolívar e Índio formando uma zaga lenta, Kléber apagado e um ataque inoperante.

Como apontou José Roberto Torero, os jogadores erraram o ritmo, nervosos no momento de calma e indiferentes nos instantes derradeiros de loucura.

A equipe de Congo deixou o Inter livre no primeiro tempo, para conduzi-lo a uma emboscada. Fez tudo certo, segurou o resultado para um gol certeiro no início do segundo tempo, criou o pânico e desferiu o tiro de misericórdia aos 40 minutos. O técnico Lamine N' Diaye foi um estrategista; Celso Roth, apenas mais um bufão, o verdadeiro sapo de macumba enterrado na goleira de Kidiaba.

Não é o melhor time que ganha, é sempre o mais preparado.

A dor de hoje é a maior aflição que o torcedor já sentiu, proporcional ao tamanho de sua esperança. 

Talvez tenha sido o fracasso mais inesquecível do centenário colorado: tornou-se o primeiro sul-americano eliminado nas semifinais do Mundial. Decidir o terceiro lugar equivale a ser rebaixado moralmente a uma segunda divisão internacional.

Temos uma vida pela frente para aprender a pronunciar Kabangu e Kaluyituka. O sofrimento agora é um jogo de soletração

Porque se o Inter não tivesse sido campeão do mundo não desfilaria com empáfia. Não agiria com desdém diante do adversário. Pretendia repetir a história como se não existisse a glória de 2006. Imitar é empobrecer. O clube levou o precoce Oscar como se fosse Alexandre Pato, reintegrou Tinta e Sobis, heróis da América de 2006, desprezando o condicionamento físico.

Não éramos mais Davi, mas Golias no estádio Mohammed bin Zayed.

Merecemos todas as pedras. O gigante caiu.

É HOJE O JOGO. ÀS 14H O BRASIL É COLORADO. DÁ-LHE INTERNACIONAL! VAMOS MANDAR ELES DE VOLTA PRA MÃE ÁFRICA.

O CORAÇÃO TÁ BATENDO FORTE EMBAIXO DA CAMISA VERMELHA!

Voltei de Sampa. Bebi na Ipiranga com a Av. São João, subi a Augusta a 1 por hora e me deliciei na Liberdade. Também comi o entrecot do Olivier, com o próprio presente, delicinha..E trampei muito, muito mesmo.

Sempre gosto de ir ao MASP, onde mais no Brasil eu veria um Picasso, Manet, Van Gogh, Bosch, ... O fdp do Chateaubriand aproveitou-se da fragilidade financeira do pós guerra e comprou muita coisa a troco de banana, principlamente de colecionadores judeus, mas o acervo é coisa rara tratando-se do Brasil.

Buenas, tô de volta a 'minha' cidade. Já estava com saudades.

Como naquela música não gosto de madre, não gosto de padre, não gosto de frei. na verdade não gosto de quase nada, alguns 'especialistas' dizem que é o vazio que passa a minha geração. acho essas teorias todas um monte de merda que só servem pra deixar a gente mais triste. na verdade a humanidade sempre foi vazia e aborrecida desde que o mundo é mundo. esses caras ficam inventando Geração X, Y, Z, pra vender livro e encher o bolso de dinheiro. a gente preenche esse vazio, ou seja lá a porra do nome que queiram dar, de sexo, álcool, drogas, comida e alguns de religião.sei lá porque tô pensando nisso quando na verdade queria contar que consegui comer a mina mais massa que conheço porque fui héroi sem querer.uns manés tentaram assaltar o banco que vou de vez em quanto, e que na maior parte das vezes, me olham atravessado. pois tava lá mofando numa fila quando entraram dois caras que nem barba na cara tinham. visivelmente um deles tinha um canhão falso, daqueles comprados em feiras de 'importados', o outro tinha uma original com cara de aposentadoria.o que me deu não sei. talvez seja o tal vazio, estar pouco me fudendo de viver ou morrer, ou pelo simples fato dos carinhas terem atrapalhado meu direito de ficar de boa numa fila..só sei que voei do meu canto em cima do cara com o berro de verdade. foi tão rápido que nem sei o que aconteceu, mas os caras se deram mal e eu virei herói naquela semana. tanto que até meu velho ligou pra dar os parabéns, assim vai ter o que contar nas rodas de carteado e cachaça que frequenta. já posso ver: - O Ed, aquele inútil, agora provou que é meu filho: desarmou bandido num assalto. é um porco meu pai, sempre foi. e desde que me conheço por gente me chama de inútil, minha mãe de vaca e minha irmã de puta. o engraçado é que quem me olha não acredita que eu possa ter livrado um banco dum assalto - tem que ver a cara do repórter que veio me entrevistar, tava escrito na testa dele: tem certeza que é esse cara? hahahaha. sô magro, alto, um fracote mesmo. acho que por isso ela dava pra todos os caras menos pra mim. dizia que era porque não queria perder minha amizade. mentira, me achava um fracote. ah como aqueles manés me ajudaram, depois que tudo aconteceu tem que ver a cara dela pra mim, parecia que o Brad Pitt tava ali na frente. fiz tudinho o que sempre tive vontade, comi ela uma tarde toda até quase desmaiar.isso faz uns 3 meses. ninguém mais lembra do meu 'heroísmo', nunca mais fui ao banco e ela nunca mais me deu. mas continua dando pra tudo que é cara que conheço.

Ontem finalmente, após sangue suor e dólares consegui meu visto norte-americano. Consideraram que não sou uma ameaça ao império. Tudo culpa da minha mãe que preferiu à América ao Velho Mundo.

É uma tristeza só. Além de nunca ter dia, em menos de 3 meses, para agendar a entrevista, quando tu consegue molhar a mão dum despachante te marcam horário. Então nêgo chega lá é revistado até os ossos e tem que esperar de 5 a 6 horas pra ir numa cabine e ouvir um gringo te perguntar: tem filho e marido? - pq mulher com filho e marido sempre volta pro brasil...., quanto tu ganha, que faz e blá blá blá, enfim uma humilhação só pq minha mãe queria ver a neve no Central Park. 

Buenas, tenho 10 anos pra entrar livremente nos Esteites. Mas acho que vai ser só dessa vez. Pelo menos tem a bróduei e os milhões de nikes e cosméticos baratos que vou traficar...

Só trouxa pra ir pros EUA, viu? Os nêgos só fazem tu passar humilhação pra conseguir a porra do visto. Nunca tem horário em tempo hábil pra entrevista e tu acaba caindo nas mãos dos despachantes (picaretas legalizados), que têm todos os horários reservados para eles.

E o questionário???Buenas, é um capítulo a parte. Perguntam se tu tens contato com arma química, se sabe usar uma arma de fogo e se já participou de manifestações políticas. Quem, santo Deus, iria responder sim a estas questões? Tão de brincadeira, né? - Já teve contato com alguma organização de esquerda? - Sim, já fiz curso de guerrilha com especialização em granada..Aff..

Após milhares de contravenções e trocentos pontos na carteira, perdi a dita. Pois é, vou andar 1 ano por aí sem a habilitação. Sabe que um truque que uma amiga ensinou funciona? Andar de crachá. É difícil os hômi pararem mulher de crachá no pescoço - gostam da linha moça trabalhadora...Tomara que dê certo por um ano ,senão é cana!!!

Da onde vem essa tristeza? daonde? Se eu pudesse bloqueá-la de uma só vez..mas não, ela chega assim de repente e se instala onde há muito só havia alegria.

É uma tristeza tão triste que parece o livro de um escritor russo, sempre sombrio e lúgubre. Há beleza na tristeza? Só na dos outros e na dos russos...

Tenho vontade de chorar mas estou seca. Não verto líquido algum pelos olhos, é como se fosse solo árido.

 

A Tam destruiu o violão raro do Nei Lisboa. Tá tudo lá no  iútubi. O Nei tem que meter esses putos no pau!

Tão dizendo por aí que a Weslian ligou pro Aécio Neves congratulando-o pelo resgate dos mineiros...

A gente ficava lá, no sofá ou no colchão de solteiro cheio de migalha de comida. Gostávamos de beber antes da transa e fumar unzinho depois. Bom, isso na verdade é o que faz mais da metade da população. Mas com ele era diferente, tinha um significado maior, era bacana demais.

Lembro de como entrelaçávamos as pernas, numa espécie daquele oito do infinito. E assim ficávamos por períodos longos. Nas tardes de chuva observávamos as pequenas gotículas que caíam de um pedacinho de telha que cobria a janela. Por vezes elas eram transpassadas por raios de sol, o que nos deixava embevecidos.

Eu era feliz mas não dizia. Ele me fazia feliz. Ele estava infeliz, pq eu não falava que era feliz.  

Assim como chegou ele foi embora, foi pros 'isteites', fazer um curso e a vida. Lembro da pergunta na boca deliciosa que nunca foi formulada. sabia que ele queria que eu fosse, mas ele sabia que eu não largaria minha vida por quem quer que fosse.

Lembrei disso pq tô em função de visto e vou passar por onde ele está. Mas não vou procurá-lo, prefiro ficar com esses pedacinhos de vida que compartilhamos. Foi lindo e me deixa feliz.

Fiz aniver dia desses e as coisas que mais gostei de ganhar foram uma seleção que o Ed fez pra mim de música 'das antigas' do Repli e da Graforréia e o telefonema do Henri. Aliás, eu e Ed estamos numa campanha pro Henris se concursar presses lados e vir pra cá também.

4ª e 5ª fomos ao Balaio, uma noite com os meninos outra com as meninas. A de ontem foi hard core, fiz o que raramente faço, tomei todas e voltei dirigindo, não achava nem a L2. Que horror...Aí se a polícia me pega de novo...

Mas valeu ando saindo pouco, sempre cansada, bom desopilar em boa companhia.

Ah, e a Mônica contou que vai ter outro Balaio, inclusive as sessões de cinema serão lá.

Poh e o terremoto em Brasília? Aconteceu agora a pouco. Saí da minha sala pq tremeu mesa e cadeira. Deu tonturinha, sensação ruim.

Vai ser meu 1º voto por estas bandas, sempre gostei muito de votar, sou daquelas que acha um puta exercício de cidadania e tals. Mas dá um desgostinho votar sem aquela convicção, aquele acreditar em propostas que sejam pra modificar a coisa mesmo.

Pois bueno, aqui no DF  pra moi não tem nem escolha, vou votar no Agnelo pq é a única chance da Família Roriz sartar fora. A Sra. Roriz, se não teve vergonha uma vida inteira de ser mulher dum canalha, devia ter, ao menos se preservado na finaleira. Ser laranja do cara passando o vexamão que tá passando é demais..

Os mortos irão revivar em suas tumbas para proclamar novamente: - Que país é este? Alguém deu uma ishpiada no debate de ontem? O que é aquela mulher do Roriz??? Cara, o eleitorado é feito de palhaço, mas tudo tem um limite.

Alguém pode me explicar como a mulher de um candidato falcatrua assume seu lugar no pleito? E os prazos de inscrição da candidatura?

Vergonha alheia foi pouco naquele constrangedor debate.

Perde Brasília, perdemos tod@s nós.

Eis minha terrível vingança:

enquanto Paris lê Paulo Coelho

leio Balzac no Guará.

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
 

Despretenciosamente engraçado

Animais de rua: quem não faz parte da solução, é parte do problema.

Para adotar cães e gatos resgatados das ruas acesse: www.angel.adoteja.com.br

Não pode adotar? APADRINHE! Doe ração, medicamentos, vacinas.

Anúncios de adoção de animais resgatados das ruas, atendimento veterinário a baixo custo (esterilizações), dicas de cuidados, orientações, denúncias de maus-tratos, legislação ambiental, a proteção aos animais de rua e o trabalho voluntário dos protetores em Porto Alegre/RS: www.adoteumbichoderua.blogspot.com

Em Brasília: proanima@proanima.org.br

www.shb.org.br

Por São Francisco NÃO COMPRE animais!!!!!

No ritmo do Charme e o FunK:

Qual a diferença entre o Marx e o Kant?

um é comunista

o

outro

protestante!

O Porão tava muito a fudê! Amei todos os shows que vi, destaque para o saravá metal da Gangrena Gasosa.

Amei. E o Rola Pedra não vai ter esse ano?

Hoje faço 3 anos de Brasília....

Dia 8/9 começou o ano 5771 do calendário dos judeus. É o Ano Novo Judaico: o Rosh Hashanah, que significa 'cabeça do ano'. É um Ano Novo que dura 10 dias culminando no Iom Kipur 'Dia do Perdão', que é um dia de Jejum coletivo. Eu devia fazer, ao menos seria um dia de regime durante o ano...Na verdade são 10 dias de reflexão sobre o ano que passou e o que virá, enfim, sobre o que fazemos de nossas vidas e como refletimos a do outro. Reflexões sobre nossas ações. Momento de introspecção.

O interessante é que o judaísmo não acredita em um destino imutável, escrito por alguém. Essa reflexão serve para sentirmos que NÓS temos o poder de mudar nosso destino, se assim nos aprouver.

Me ofereceram um convite de área vip pro Porão do Rock. Puta que los pario! Área Vip????Mesmo com rango e birita de graça não aceitei messsmooo. Sério, esse festival tá perdendo a essência, desde quando há essa separação num festival de rock? O legal é tudo junto e misturado.

Abaixo a área vip e seus 'escolhidos' para lá estarem. Vamô é descer e se embolar na pista, ops, no estacionamento do NN.

Só passei aqui pra falar mal do brasiliense Kaká. Durante toda a Copa poupei o bichinho, mas tenho pavor de jogador 'bonzinho', ainda mais bom moço evangélico.
Só deixo uma pergunta: Pq quando o Kaká dá dinheiro pra bandido (pastores e afins) é bom cristão, e quando o Adriano faz festa na laje é amigo de traficante???

Respostas para esse blog.

Não joguei na Mega acumulada. Já imaginou 85 milhões??Eu iria querer beber em todos os bares do mundo. -Ah, hoje vou dar um pulinho alí em Cuba pra tomar uns mojitos no La Bodeguita. Essa semana vou tomar um Asti na mesa da Collette em Paris...e assim ia viver..Mas como o trasplante de fígado é complicado, mesmo prum milhonário, resolvi não jogar por motivos de saúde.

“E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música” (Friedrich Nietzsche).

CANTO GREMISTENSE

Não me perguntes onde fica o desespero

Segue os passos da segunda divisão

Encontrarás pela estrada um mosqueteiro

E ouvirás muitas desculpas do chorão.

Pra quem chega na Azenha ao fim da tarde

Ou quem vem do Beira-Rio pela manhã

Vê o lombo tricolor que ainda arde.

Com os laçassos da torcida co-irmã.

Ouve o choro do lanterna brasileiro

Este time que eu sequei desde guri

Vão custar para sair do atoleiro

Apanhando como burro em Iraí.

E na hora derradeira que eu mereça

Ver o sol no Beira-Rio ao entardecer

Pro Guaíba vou virar minha cabeça

E até no céu pro Colorado irei torcer

Nem andava a fim de sacanear o Grêmio, pq os caras tão mal, bem mal...mas essa versão de um dos nossos hinos, tá bão demais.

SALVE O BI CAMPEÃO DA LIBERTADORES.

INTER EM ABU DA BI.

RORIZ: - PERDEU PLAYBOY

Teu recurso ao TSE não vai rolar. Não vai.

Que lástima a Virada Cultural de Brasília. Deve ter sido lavagem de dinheiro de campanha. Gastaram milhões pra meia dúzia ver. Divulgação zero e no sábado foi constrangedor, eu e Cleo estávamos num bar e resolvemos dar uma passadinha na Esplanada. Pouquíssima gente e no palco uma mina num daqueles pau de streap-tease cantando tanta merda que era de chorar. Vão tomar no cu gastar grana com lixo!! E não venham com papinho politicamente correto que tem que ter música pra peão também. Pra isso tem as micaretas da vida...


Vamos às boas notícias: o Ed tá chegando em definitivo em BsB, meu amigo uruguaio/gaúcho tmb vai trampar no Banco Central, pena que não no meu setor...vai ser massa ter ele por aqui!!!

Pouco divulgada a Virada Cultural no DF. Tem música para todos os públicos, mas pq sempre os mesmos???Também tem a seletiva do Porão em Taguá, com o mesmo Matanza que vai tá na Virada. O que é massa é que é tudo FREE.

Vambora povo, saiam das tocas e vamos para a rua sentir música!

Estivemos no RJ para um Congresso, após o termino, eu e Caio nos dirigimos ao nosso novo 'hotel', um albergue em Copacabana. Como o hotel em que estávamos era perto do albergue, fomos caminhando. Ao perguntar a um taxista onde era, ele disse: dobrem na próxima rua, na entrada da comunidade. Comunidade? O Caio me perguntou: mas comunidade não é favela? kkkkkk, sim é favela. Buenas, estávamos na Av. Atlântica em Copa, como poderia ter favela ali? Como era a 1ª vez do Caio na Cidade maravilhosa e fazia muito tempo que eu não a via, disse: - talvez a favela tenha vindo realmente até o asfalto. E não é que foi!

Buenas, ao dobrar da Atlântica na Ferreira Sá, é só andar mais um quadra e meia e dobrar à direita, que já é a entrada da comunidade Pavão/Pavãozinho. O incrível é que nessas duas quadras encontramos prédios classe média e população branca, a ao dobrar uma esquina, mudam as casas e as cores das pessoas. É, o Brasil é de uma democracia racial...

Nosso albergue era bem no iniciozinho, mas claro que subi o morro, e é muito tranquilo, tanto que o albergue fica de portas abertas, mas abertas mesmo - dia, noite e madrugada. Era um casarão da década de 20, lindíssimo, o dono contou que foi construído numa época que Copa não tinha quase nada e dalí se enxergava o mar.

Não acredite somente no que o Jornal Nacional pauta pra você, vá para a rua e veja por você mesmo. VIVA!

A foto tá feia pq foi de celular, mas essa era a vista do meu quarto de hotel. Como ficar triste com um cenário deste? É o nascer do sol em Copa.

ANÚNCIO REEBOK

A Reebok do Brasil S/A avisa a todos os seus consumidores que as

próximas camisas do Sport Club Internacional não sairão mais de fábrica

com estrelas ou coroas.

A partir de agora, o consumidor receberá, junto com a camiseta, um

pacote contendo diversas estrelas e coroas autocolantes, a fim de que o

próprio consumidor possa atualizar as conquistas conforme elas vão

acontecendo.

Tal providência é tomada em virtude de a produção desta empresa não

conseguir acompanhar o ritmo de conquistas coloradas.

Att.

Reebok do Brasil S/A

Valeu a querida amiga Danny, que fica me atualizando das notícias coloradas....

É, não tem mais jeito, transferi o título pois não consigo ficar sem votar.

Buenas, eu só não contava com a volta dos que não foram..O Roriz e sua corja, especilamente aquele 'ser' asqueroso, uma tal de Abadia, que inspira meus instintos mais assassinos, estão novamente na área e, inacreditavelmente, na frente nas pesquisas.

A legislação da 'Ficha Limpa' é pra inglês ver, se não conseguirem barrar a candidatura, vou viver num lugar governado por um coronel que não manda recado, manda matar..

No sul ainda há muita política de cabresto e coronealística, mas mais no interior. Em Porto Alegre, depois que em 1988 elegemos um governo democrático e popular que, definitivamente, mudou a cara da cidade, nunca mais tivemos notícias de um coronel no governo. Tá, uma merda como a Yeda pode ser ruim, mas vamos colocar os pingos nos is, um Roriz vale por 100 direitistas. Ele representa o faroeste cabloco, o que há de pior na escória da política, é o cara que entende que a máxima: - O que é público passa a ser privado, é lema de vida.

O Roriz NÃO pode se eleger, nem pelo voto, nem pela liberação da justiça.

Façamos algo!! Imploro, façamos algo!!!

Não tenho registro de que, pelo menos há 5 gerações, tenha alguém que não seja colorado na família. Eu sou colorada desde os gloriosos anos 70. Tenho foto no Beira-Rio ainda na barriga de minha mãe, foto com o Saci e as melhores e mais arrepiantes lembranças de jogos memóráveis. Vi Falcão e Figueroa jogarem - tá eu era pequena, não tô tão velha assim kkkk.

Também passei pela provação dos anos 80, com toda zuação dos gremistas em cima da gente. Mas bueno: o colorado é uma glória e um orgulho pro Brasil.

Ontem em Guadalajara, tomamos o Chivas cowboy e on the rocks, com muito gostinho de quero mais...Tadinhos, dá até pena, pq no Beira-Rio eles vão tomar de relho!!

Meu Inter, quanta felicidade estás proporcionando pra tua nação colorada.

Beijos me liga.

Hoje lembrei-me de quando nos despíamos. Pode parecer piegas, pode parecer ridículo, mas despíamo-nos de tudo do mundo. Sempre era como a primeira vez. Para ti, sempre tirava a roupa como se fosse a primeira vez.

De como tudo envelhece rápido...

Pelos deuses do Beira Rio, já estamos na final. Eita colorado de raça e glória! Vamos ser bi-campeões do mundo!!!!!!

Dá-lhe Interrrrrrrrrr

Dá-lhe Colorado!

Foi um jogaço ontem, não tenho mais dúvidas que a vaga pra libertadores é nossa, igualzinho a 2006. O São Paulo tava morto em campo e meu glorioso Internacional jogando muito, prá caralho. O Beira Rio tava cheio e lindo, com a torcida cantando o tempo todo. Baita energia. Lindo, lindo,lindo...

O Mano é o novo técnico da Seleção. Gostei, não só por achar que ele é o cara que precisamos pra voltarmos a ter uma seleção com mais brio, como por ele ser um dos homens mais charmosos que já vi. Ô mano, vá tomar um chimas lá em casa...

Três Poderes

Já leste Márcia Denser? Lembrei dela hoje.. Li ela pela 1ª vez em 1986, aos 15 aninhos, era o clássico Diana Caçadora onde a personagem Diana Marini - mulher livre e livremente linda, mudou meu jeito de sentir e ser mulher.
Corre e vai lá comprar algum livro dela. Nem vou falar mais nada, tenho certeza de que quem ler não vai mais largar..

Vou ser bem honesta, a melhor forma de resolver uma merda que tá te incomodando é jogar tudo em baixo do tapete, ir empurrando com a barriga ou tomar um porre. Pode ser todas alternativas também. Ando de saco cheio dos 'conselhos' equilibrados e preciosos que todo adulto tem para dar. Por que não posso simplesmente fugir dum problema, me esconder um pouco? Outra coisa que anda me aborrecendo deveras, são aquelas pessoas que 'exigem' sinceridade absoluta, que dizem por exemplo:- olha vou dizer na tua cara o que ninguém quer dizer.. e plah! despejam muitas frustações em cima do outro. Vai ser sincero na casa do caralho. Sinceridade é ser honesto com o que a gente propõem pra tocar nossa vida. Quase sempre esses chatos que vivem jogando 'verdades' na cara do outro, colocam espelhos na frente e falam merdas que só servem para si mesmos.

Hoje tô chocolate meio amargo.

Sabe o que é lindo? A versão do Luiz Fernando Carvalho pro livro do Machado Dom Casmurro. Leva o nome de Capitu e passou na Globo há algum tempo num horário inviável. Na verdade foi aposta alta, visto que não tinha um apelo comercial nem linguagem fácil. Pra mim foi obra revolucionária com uma narrativa que fugia ao óbvio. Quem dera os programas tivessem todos essa inteligência e qualidade. Mas creio, que infelizmente, nosso povo acostumado a novelas com textos fáceis, ainda não esteja preparado para uma linguagem e estética mais apuradas. Será mesmo?
Buenas, vejam a série é linda, linda, linda...E não é só pq amo o Machadão, é pq ele conseguiu captar a alma Machadiana e transformar num programa lindo.

Os pezinhos eram pequenos e imundos, poderiam ser delicados não fossem os quilômetros sem sapatos que andava diariamente.

Olhando para os pés ela entrou no estabelecimento. Não alcançava o balcão, mas era suficiente para enxergar o pedaço de bolo negro e aerado que ficava dentro da janelinha de vidro. Nunca tinha comido um bolo. Nunca tinham lhe dado uma festa com bolo. Sequer sabia o dia de seu aniversário.

O homem que a observava, foi até o caixa comprou um pedaço da delícia negra e entregou-lhe. Ao mesmo tempo o funcionário enxotou-lhe com a vassoura.

Não esperou mais nada, correu para a rua com o tão sonhado quitute nas mãozinhas. Era feliz. Iria provar o desconhecido.

Acabei de voltar de uma capacitação em Recife, onde reencontrei meus amigos nordestinos. Que saudade tenho deles com seus sotaques e jeitinhos, tão queridos e cativantes. Além de tudo são tão talentosos, O julinho por exemplo, Paraibano que leva o acervo do Diário da Borborema em Campina Grande, praticamente nas costas. Aliás se não fosse ele o acervo riquíssimo, acumulado em anos de existência do jornal teria ido pro lixo. Ele diagrama, fotografa, escreve e ainda faz charges, tudo sem esquecer da preservação do acervo. Esse é multimídia mesmo! A charge é dele. Júlio César/Diário da Borborema

A coisa mais estúpida e absurda que ouvi sobre o 'Caso Bruno' veio de uma mulher que disse: - Ela mereceu!

O mundo de ponta cabeça...

Sabe com quem estou revendo meus conceitos sobre o Twitter? Com o Carpi. Ele tem milhares de seguidores e faz da prosa, poesia. Só que poucos conseguem usar o instrumento com classe e inteligência. A maior parte das pessoas utiliza mesmo pra dizer em tempo real o que está fazendo. Essa é a parte que mais me deixa indignada. Pô se tu tá num show, ou assistindo a algum filme, precisa postar isso na hora? Ou vê o filme ou twitta. É simulacro demais, se não tá na rede parece que tu não viveu...

Mas enfim, seguem algumas das frases que ele postou lá..

'A paixão desdenha dos pré-requesitos'

'Todo juramento vira maldição'

'Melhor sem graça do que desgraçado'

Táva muito massa o show do Wander, Frank, Júlio e Jimmi. Cantei até enrouquecer ao lado dumas gaúchas mais saudosistas que eu. O showzinho foi pra agradar a todos coms os 'standarts' do sul: Sandina - com um arranjo bem diferente, Surfista Calhorda, Cachorro lôco e Amigo Punk.
Muiiito bom.

O mundo tá mais triste e menos inteligente. Morreu o Saramago, de parágrafos longos e grande fôlego. Saramago achava que um dos maiores problemas da humanidade era o excesso de otimismo além de ter a coragem de confessar-se ateu num mundo de fundamentalismo religioso.

Foi uma das maiores personalidades do Século XX. Vai fazer muita falta sua visão lúcida do mundo e sua escrita: forte e precisa.

Morreu O Saramago.

Nessa interminável onda do dia dos namorados, lembrei de casais marcantes na música e literatura. Um dos que mais acho queridos e que ganharam um filme bem legal é o Johnny Cash e a June Carter. Chamavam-lhe o Homem de Negro. Mas não era apenas a sua roupa que era negra: a sua música era o espelho desse negrume, tal como era o espelho da sua vida e da sua fé.

Johnny Cash foi uma figura incontornável da música da segunda metade do século XX. Cash asssitiu ao nascimento do rock’n’roll e interviu decisivamente no seu desenvolvimento: foi ele o elo de ligação entre o old time country e o rockabilly.

A sua voz de barítono – quiçá a mais carismática de sempre na história do rock, com a qual apenas a de Elvis Presley se atreve a rivalizar – casava na perfeição a honestidade do folk com a rebeldia do rock, a tradição do country e a atitude interventiva do punk.

Ele conheceu a June numa época conturbada da vida, ela era filha dum companheiro de copo dele. Era uma linda cantora de country e após os dois se divorciarem, casaram-se e só se separaram quando morreram em 2003. Ele morreu apenas 4 meses após a morte da amada. Teve a vida regrada pelo álcool e as drogas, e foi ela que o salvou. Vejam o filme, é uma linda história de amor, além de ter uma das trilhas mais lindas que ouvi. Revi esses dias e chorei muito.

Vivam as histórias de amor que fogem às regras e aos moldes. Abaixo a comercialização do 'Dia dos Namorados'.

Vai rolar aqui em Brasília, de graça, num Festival chamado Brasil Rural Contemporâneo show do Wander Wildner, Júlio Reny e Frank Jorge. Juntinhos. Bahhhhhh, que maravilha! Vai ser às 21h do dia 19/6 na Concha acústica. É um evento do Ministério da Reforma Agrária, onde 80% dos CCs são gaúchos, só podia, pra trazer essa catrefa prum evento desses.

Não posso esquecer de dizer que no dia 16/6 é o Paulinho da Viola que vai tocar.

Te amo Brasília!

Quem teve aqui pelo Correio hoje foi o Serguei. O cara tá que é um boneco de cera, só que cinza. A magrela já tá rondando o bicho. Ele tá meio parecido com a Glória Menezes de tão esticado que tá. Uma mina que trabalha comigo perguntou: - quem é ele? Eu pensei em falar - é um músico, só que seria muita sacanagem com a classe. Disse: -um cara que comeu a Janis Joplin numa suruba e também uma árvore.

Pobre Serguei, da gurizada mais nova ninguém conhecia o cara. A sequela dele dos anos 60 é gigante, fala duas palavras e :- uhhhh rock and roll...Patético.


Mudando de saco prá mala, vão dirigir mal assim lá na casa do caralho motoristas de Bsb. Puta que pariu, não sabem o que é seta nem educação no trânsito. Selvageria total!

Hoje morri com muita grana no meu vidro traseiro e lateral, enfiei numa árvore na casa do Valpa da minha amiga Cris. O galho tava bem no ponto cego mimetizado no marronzinho da árvore. Juro que não foi barberagem..

O rosto dele era um mapa geográfico. Mapa físico, cheio de ranhuras. Não era velho - era marcado, lanhado. Quando o vi pela primeira vez senti certa repulsa. Nunca o vi bebendo água, a isso atribuí sua secura. Acordava bebendo qualquer líquido que contivesse álcool. Nunca água. Com nossa convivência fui me acostumando e esse fato tornou-se natural. Habituamo-nos com tudo, ou quase tudo. A casa ficava numa colina, na verdade num declive que chamávamos colina. O aluguel era em conta, podíamos pagar com o que descolávamos nas ruas dando pequenos golpes. À noite o trânsito de pessoas era incontável, acordávamos sempre com gente estranha espalhada pela casa. Nossa vida era levada em meio a bruma da fumaça e dos vestígios de diálogos. Não lembro de grandes conversas. Lembro de grandes olhares, de sensações. As palavras não eram nosso forte. Foi assim até o fim. Sou um sujeito de poucas palavras e ele também o era. Não sei quando nos apaixonamos por ela. Creio que foi no mesmo dia que nos desapaixonamos por nós mesmos. Ela era fatal e deliciosa. Quando a preparávamos, no início, era tão prazeiroso que posso sentir seu gosto ainda hoje. Quando ela nos dominou já não tinha tanta graça assim. Acabou com ele caído ao chão, o arpão no braço e o último papelote dela em cima da estante. Nunca mais senti seu toque.

Cresci cercado de mulheres. Todos os tipos. Todos os cheiros. Lembro dos brilhos, das plumas e da movimentação na casa à noite. A vida era noturna, até hoje durmo pouco - herança daqueles dias. Observava aqueles braços, pernas, bocas e cabeleiras, pelas frestas das portas. De manhã, bem cedinho, tinha que rumar para a escola ainda sonolento, pela noite mal dormida. Aliás, depois que comecei a frequentar a escola decaiu muito minha instrução, já não tinha mais tanto tempo para ler o que realmente me interessava. Álgebra, geometria, ciências,...Não tinha paciência para as disciplinas formais. A casa cheirava feito o mercado árabe da cidade-um misto de cheiros doces, uma mistura exótica. Cada uma das mulheres me ensinou muito. Muitas eram analfabetas e a muito custo ensinei-as a ler, usava como incentivo os romances de capa/espada que tinha na casa. As histórias de mocinhas indefesas e virgens que eram salvas do vilão, incentivava-as a querer aprender. Minha tia, a dona do casarão e de seus corpos, achava tudo uma grande bobagem e sempre que podia sentenciava:-Pra que puta tem que saber ler e escrever?O que importa é estar com "tudo" limpinho e agradarem aos olhos. Mas eu, não por querer ser bom samaritano ou o que o valha, queria é que elas pudessem ler. Não consigo conceber um mundo em que tenha gente sem conhecimento de prosa e poesia. É um desperdício. Claro que além de várias iniciações que tive com essas mulheres: a primeira meia de seda, o primeiro sutiã, a primeira cintura desnuda eu também tive minha primeira noite. Todas foram muito generosas e me disputaram bastante, algumas mais incisivas outras mais elegantes, mas no final escolhi uma menina mais nova que havia chegado na casa a pouco, foi a única que não me disputou com palavras, mas com os olhos. Hoje escrevo histórias para viver. Histórias dos outros, a minha ainda segue somente comigo. Esse é apenas um pequeno trecho, uma degustação.

Alguém aí pode me dizer pq vai passar só NUM DIA o filme sobre o Rush? PQ?PQ?

Sonhei com o Karl Marx, sério, sonhei com o cara, pô pq não sonho com um cara atraente e sedutor? Mas bueno, vou reproduzir meu diálogo com ele.

Van: Marx, o que você sentiu com o fim do Comunismo?
Marx: Que Comunismo? Como posso ter sentido algo se nunca houve Comunismo. O que teve foi um capitalismo de estado, Stalinismo, comunismo NUNCA.

Van: Tá, tá, mas e a ditadura do proletariado?
Marx: Não ocorreu a ditadura DO proletariado e sim a ditadura SOBRE o proletariado.

Van: Existe ainda o proletariado no Século XXI?
Marx: Bons tempos o Século XIX, onde se distinguia o proletário, do profissional liberal (que vocês hoje chamam classe média) do patrão, apenas pela vestimenta. Hoje em dia todo mundo se veste igual e tem os mesmos sonhos de consumo. Onde estão as oposições de classe? Todo mundo quer é comprar o tal carro e a tal marca.

Van: Você gosta do termo Marxismo?
Marx: Bom, sou um cara vaidoso, até que não me importo.. Mas o que me aborrece é um bando de gente que leu três páginas do que escrevi e enche a boca pra dizer: - Sou marxista! Ora vá..

Van: O que você acha do Brasil ter um presidente que foi um operário?
Marx: Achava ele mais interessante como representante de classe. Se opondo à patronal para poder avançar. Hoje ele compõem demais, negocia demais..

Terça-feira

Tem vezes que a gente olha pra trás e pensa aquele chavão - pô, eu era feliz e não sabia...Mas que delicinha viver um momento e pensar bah, que momento massa, que felicidade! Lembrei disso hoje por ser terça-feira.

Lá em Porto todas as terças rolava o Sarau Elétrico, aliás acho que ainda rola nesse dia. Eu não perdi uma terça durante dois anos. Era programa sagrado ir até o Ocidente, pegar a mesa quase da entrada, de canto, com a janela pra Oswaldo , pedir uma ceva e ficar de papo em frente à garrafinha cheia de cera e a vela crepitando.

Cada 3ª rolava um tema ou autor diferente: amor, liberdade, sexo, Guimarães Rosa, Graciliano, Elisa Lucinda, erotismo, música,...

No 1º ano era tão legal posto que era despretencioso..Se falava de livros, música e poesia de forma legal, sem frescuras, e uma das coisas que eu mais gostava: as 'crocâncias' do amigo Frank Jorge.

Além de nos brindar no sarau com elas, muitas vezes após a apresentação ele sentava em nossa mesa, falava da vida e nos dava alguns escritos. Ganhei algumas dessas crocâncias e a maior parte delas perdi. Porra, perdi. A gente bebia pra caralho e sei lá onde colocava os textos do Frank. Muitas vezes disse pra ele - quando tiver muito sem grana vou vender, ele ria..

Foi bom pra caralho durante dois anos, mas as coisas mudam e o sarau acabou virando meio modinha na cidade, parece que hoje tem até 'franquia'. Pra mim perdeu o encanto. Pro Frank acho que foi um ano depois, não tinha mais lugar na bancada pras 'crocâncias' dele, já preferiam a erudição do Moreno aliado à chatice da Suman....

Grandes terças-feiras e grande Sarau Elétrico naqueles tempos...

Engraçado que o último show de encerramento do Sarau que vi, sim depois ainda tinha canjinha, foi da Graforréia..

Ando a fim de fazer uma tatuagem. Aliás, tem dias que acordo com uma vontade de tatuar quase todo o corpo.

A data mais antiga de registro do 1º cara tatuado da história é de mais de 5 mil anos. O bicho tinha muitas tatuagens, entre elas algumas cruzes e outros rabiscos.

Já a 1ª mulher tatuada que se teve notícia, foi uma sacerdotisa babilônica que viveu há 2.400 anos atrás e tinha vários crescentes tatuados, principalmente no ventre.

Agora quem disseminou mesmo a tatto pelo mundo foram os marinheiros ingleses. Beberrões, barulhentos e fedorentos, levaram pelo globo, de porto em porto, suas tatuagens - especialmente de mulheres e sereias.

Até, pelo menos a década de 50 do Século XX, a tatuagem era coisa 'de circo', mulheres e homens tatuados eram apresentados como atrações bizarras. Era artigo também de prostitutas, criminosos ou, restringia-se às tatuagens tribais, como os indígenas e aborígenes.

Mas na década de 50 a humanidade teve uma grande invenção: a juventude. Pois é, caras como James Dean criaram o culto do jovem e pra não deixar barato eram também rebeldes. Foi mais ou menos por aí que a tatoo começou a ganhar 'corpo' e a ser exibida pela ruas das grandes cidades.

Vontade de fazer uma tatuagem...

Leiam a Manuela Amaral, poetisa portuguesa de primeiríssima.

Fatalismo

Amo o que em ti há de trágico. De mau.
De sublime. Amo o crime escondido no teu andar.
A tua forma de olhar. O teu riso fingido.
E cristalino.
Amo o veneno dos teus beijos. O teu hálito pagão.
A tua mão insegura
na mentira dos teus gestos.
Amo o silêncio perpendicular do teu contato.
A fúria incontrolável da maré
nas ondas do teu orgasmo.
E esta tua ausência.
Este não-ser quem é.

Posse intemporal

Fazer amor contigo
não é espelhar teu corpo nu
no vítreo do meu espaço
não é sentir-me possuída
ou possuir-te

É ir buscar-te
ao abismo de milénios de existência
e trazer-te livre.

Caluniaste o meu corpo
ao longo dos teus gestos
sem medida

Desde a palavra exacta
do meu sexo
e soletraste-me puta

Puta
Puta

Angustiosamente erótica
abri-me em coxas
e penetrei-te na minha fauna aquática
Grito marinho
a escorrer nas algas
do meu ventre

Puta
Puta.

Morreu o Bebeco Garcia dos Garotos da Rua. Era um grande guitarrista, transitava entre o rock e o blues com classe. A Garotos fez parte da vida de todo guri ou guria no sul que viveu a adolescência na déc. de 80. Sabe o que fiquei chateada com os textos sobre a morte dele, principalmente da mídia do sudeste? É que ao invés de ressaltar o grande músico que era, alguns salientaram que o cara era pai de um dos caras do Planet Hemp..Fala séeeeerrioooo.

http://www.festivalrepublicablues.com.br/
Mais um festival de graça em Brasília, dessa vez para os amantes do blues. Vai rolar até o Stanley Jordan. Quem gostar é só conferir a programação no link acima. Vão ser 2 dias no Complexo da Funarte e 1 dia no Guará. I-m-p-e-r-d-í-v-e-l.

É pra ler todos os dias o Blog do Carpinejar, mas hoje tá mais que demaisssss... Ah! O Ed foi designado pra Brasília!!!Huhu, que lindo ter um amigo de Porto por perto.

Meu colorado é FODÃO, meteu o gol que classificava aos 46 do 2º tempo. E ainda por cima deu uma sova nos FDP dos argentinos, esquentou a coisa por lá. Que venha o São Paulo e o Chivas, parece repeteco de 2006! Aliás, não vamos perder prum time que tem nome de whisky, né?
DÁ-LHE COLORADO!!!!!

Fui bebemorar com o Ed o Ian Curtis e os canalhas dos policiais nos pegaram numa Blitz, apreenderam minha carteira!!!!Putaquepariu, eu nunca bebo quando dirijo e não tinha nem tomado duas sozinha. Me neguei ao bafômetro, but levaram a carteira e vô te que morrer em grana com advogado de porta de cadeia num processo administrativo. NÃO posso perder a carteira, NÃO posso. Felasdaputa!

Hoje faz 30 anos que morreu o lindo, trágico e louco Ian Curtis, ele morreu novo. Muito novo, aos 23 anos. Reza a lenda que o líder da Joy Division assistiu Stroszek do Werner Herzog- um de seus filmes favoritos, falou com um amigo ao telefone, e, enquanto ouvia The Idiot, de Iggy Pop se enforcou. Eu amo Joy Division. Nem ia sair hoje mas pelo Ian vô tomar umas.

Não sei o que acontece no DF em relação a showzassos 'de grátis'. No sábado à noite se apresentou o Johnny Winter no Ferrock da Ceilândia. Pô, achei que os ceilandenses curtiam mais o festival, e que por isso ia estar lotado, além do que a Ceilândia é a cidade de maior população do DF.

Eu achei massa demais! O albinão tá a capa da gaita, foi carregado até o palco e o colocaram numa cadeira daonde ele fez o show, mas quando pegou a guitarra os dedos deslizaram que nem um guri. Amei o que ouvi, até agora - sem dúvidas, foi o melhor show que vi esse ano.

O cara vai tocar, a peso de ouro, em BH, RS, etc. Aqui foi de graça e não tinham 500 pessoas. É o fim da picada.

Já no domingo tinha mais gente pro Napalm Death, tava legal, mas o Winter é que me levou de volta ao quartinho dos fundos onde rolava de ouvirmos nossos bolachões nos anos 80. A música e o Winter foram a minha máquina do tempo neste último sábado.


Bah não posso deixar de registrar com certo orgulho, que cheguei ao local do show sozinha e achei o caminho direitinho. Pô, consigo andar pelo Valpa, Taguá, Bsb e agora Ceilândia. Tá demais pra quem não sabia dirigir nem até o Conic rsrsrs.

Só se fala da escalação do Dunga. Não vou me furtar também. O brasileiro médio, aquele que se acha técnico, gosta mesmo é de futebol arte. A seleção mais bela que vi jogar – e que não ganhou- foi a do Telê de 1982: Zico, Sócrates, Cerezo, Júnior, Falcão, Batista, ...enfim uma seleção muito talentosa.

Também represento o brasileiro médio que tem, ainda, o desejo da seleção do futebol arte, da bola fazendo piruetas mágicas pelo campo e o povo na arquibancada fazendo olas.

But, o futebol que ganha, nesse mundo do negócio rentativo que se tornou, é o do cara que treina muito, é objetivo, esforçado e busca resultados bem planejados. Ah, e que é retranqueiro, como sempre foi o Dunga e seu futebol.

Buenas, creio que essa escalação do Dunga vai dar mais resultados do que levar a gurizadinha do Santos e a bagaceira do Adriano - mas vai ser muito menos divertida.

Enfim, boa sorte pra quem for ver os jogos da seleção, já que eu não vejo mais muita graça...além disso - essa vai pra tu Yuri - já tô de saco cheio de nosso ‘Projeto de Nação’ ser ganhar uma Copa de 4 em 4 anos.

Beijos colorados- que essa sim é minha seleção.

P.S.: Nas ruas as pessoas estão iradas com o Dunga. É um Dunga contra 190 milhões de Zangados....

Leiam o blog do carpinejar. LEIAM, LEIAM,LEIAM. Sou imperativa quando se trata desse cara: LEIAM!

http://carpinejar.blogspot.com/

Escrevi estes dias alguns pitacos de ideias sobre o twitter que geraram algumas polêmicas e discussões de mesa de bar - que aliás são as melhores. A maior parte da população ama o tal instrumento virtual de comunicação rápida - vai mais provocação: e rasteira. Se o Twitter é conversa curta e fragmento um Blog é resistência.

O Carpinejar diz que liberdade na vida é ter um amor pra se prender. Tenho um amor e por ele estarei presa a vida toda: meu Internacional! Oigalê, conseguimos mandar os argentinos pra casa e passamos para a próxima fase da Libertadores. No centenário bambeamos e não conseguimos , mas no 101º aniversário, de um dos times mais talentosos do futebol brasileiro, conseguiremos.

A foto é da linda torcida que foi em peso ao Beira-Rio ontem.

Essa é mais uma pra minha amiga Paola ficar bem lôca com minha defesa pela Dinamarca. Deu no G1 que de forma experimental cinco das linhas de ônibus em Copenhague contarão com assentos para namorar, eles têm até descanso de cabeça incluído. A iniciativa, que funcionará durante duas semanas, pretende criar um ambiente melhor nos ônibus da capital dinamarquesa através de um convite direto ao flerte e aos sorrisos entre os passageiros.

Que maravilha de civilidade!