Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça. Karl Marx.

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ia escrever sobre o jogo de ontem, mas os colorados Fabrício Carpinejar e Mário Corso disseram tudo:

O Inter é o Barcelona de 2006. Subestimou os africanos de Mazembe. Assim como os catalões haviam menosprezado o colorado de Iarley e Fernandão.
Perdeu a semifinal do Mundial pela sua soberba. Criou o salto alto durante o Brasileiro. Inventou de economizar os craques, poupar suas estrelas, não gastá-los no segundo semestre. Um time se forja no embate, é ali que vai encontrar seu limite, não em treinos (até porque sequer existiu fidelidade aos treinos. Acostumado ao 4-4-2, o grupo atuou no esquisito 4-2-3-1).
Qual foi o último jogo sério do Inter antes dessa derrota? Alguém lembra? Depois da conquista da Libertadores, restou munição de festim. O Inter parou no tempo, congelou a imagem da vitória sobre o Chivas e substituiu a alta performance pelas lembranças.
Planejamos nossa desagregação; descobrimos da pior forma. A despedida no Beira-Rio, contra o Avaí, já mostrava antecipada a cara da desgraça. Dificuldade de concluir e uma retaguarda perdida.
O elenco aterrissou em Abu Dhabi com retrospecto de amistoso. Celso Roth abriu mão do verdadeiro laboratório para um time: a competição. Não há como se armar para uma guerra com ímãs de geladeira. 
Quem enxergou diferença entre essa terça (14/12) com Mazembe e as últimas rodadas coloradas do Brasileirão? Ninguém. Um time que avança pelos lados e não tem conclusão nenhuma. Excessivamente perdulário. Rafael Sobis desperdiçou três claras chances de gol, Giuliano desprezou uma bola fácil, entramos em campo procurando um centroavante (Alecsandro não tem GPS). Trocamos o entrosamento que só se atinge no conflito pela ideia de preservar os atletas. O Inter estava tão descansado que dormiu no ponto. Entrou de férias no Mundial.
Os mesmos problemas: substituições equivocadas, Renan assistindo as bolas entrando, Bolívar e Índio formando uma zaga lenta, Kléber apagado e um ataque inoperante.
Como apontou José Roberto Torero, os jogadores erraram o ritmo, nervosos no momento de calma e indiferentes nos instantes derradeiros de loucura.
A equipe de Congo deixou o Inter livre no primeiro tempo, para conduzi-lo a uma emboscada. Fez tudo certo, segurou o resultado para um gol certeiro no início do segundo tempo, criou o pânico e desferiu o tiro de misericórdia aos 40 minutos. O técnico Lamine N' Diaye foi um estrategista; Celso Roth, apenas mais um bufão, o verdadeiro sapo de macumba enterrado na goleira de Kidiaba.
Não é o melhor time que ganha, é sempre o mais preparado.
A dor de hoje é a maior aflição que o torcedor já sentiu, proporcional ao tamanho de sua esperança. 
Talvez tenha sido o fracasso mais inesquecível do centenário colorado: tornou-se o primeiro sul-americano eliminado nas semifinais do Mundial. Decidir o terceiro lugar equivale a ser rebaixado moralmente a uma segunda divisão internacional.
Temos uma vida pela frente para aprender a pronunciar Kabangu e Kaluyituka. O sofrimento agora é um jogo de soletração
Porque se o Inter não tivesse sido campeão do mundo não desfilaria com empáfia. Não agiria com desdém diante do adversário. Pretendia repetir a história como se não existisse a glória de 2006. Imitar é empobrecer. O clube levou o precoce Oscar como se fosse Alexandre Pato, reintegrou Tinta e Sobis, heróis da América de 2006, desprezando o condicionamento físico.
Não éramos mais Davi, mas Golias no estádio Mohammed bin Zayed.
Merecemos todas as pedras. O gigante caiu.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


É HOJE O JOGO. ÀS 14H O BRASIL É COLORADO. DÁ-LHE INTERNACIONAL! VAMOS MANDAR ELES DE VOLTA PRA MÃE ÁFRICA.
O CORAÇÃO TÁ BATENDO FORTE EMBAIXO DA CAMISA VERMELHA!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Voltei de Sampa. Bebi na Ipiranga com a Av. São João, subi a Augusta a 1 por hora e me deliciei na Liberdade. Também comi o entrecot do Olivier, com o próprio presente, delicinha..E trampei muito, muito mesmo.

Sempre gosto de ir ao MASP, onde mais no Brasil eu veria um Picasso, Manet, Van Gogh, Bosch, ... O fdp do Chateaubriand aproveitou-se da fragilidade financeira do pós guerra e comprou muita coisa a troco de banana, principlamente de colecionadores judeus, mas o acervo é coisa rara tratando-se do Brasil.

Buenas, tô de volta a 'minha' cidade. Já estava com saudades.