Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça. Karl Marx.

Pesquisar este blog

segunda-feira, 21 de março de 2011

Não existo.
Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
...Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.
Álvaro de Campos

quinta-feira, 17 de março de 2011

Taí a escola que eu gostaria de ter feito o ensino médio.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dia da Mulher, putaqueopariu Dia da Mulher. Deve ter sido instituído por um homem esse dia. Para começarmos, o que é/se entende por mulher? Essa construção: bonita, meiga, carinhosa, materna, delicada - construída pela ética do patriarcado dominante é que engessa e chicoteia as mulheres.

Cara, as mulheres estão malucas com as quádruplas, quíntuplas jornadas. Têm de serem boas (excelentes) no trabalho, bonitas pros seus homens, administrarem a casa e educarem os filhos. Tô fora! E espero que as mulheres parem de se vitimizar: - 'ele não ajuda em casa, não cuida dos filhos..' Tomem as rédeas de suas vidas. Mudem de postura, de homens ou não tenham filhos! Esse é outro mito, o da maternidade latente,- como se fosse um destino manifesto. Socoooorroooooo.

Os avanços de conquistas de gênero, que tivemos nesse último século, foram muitos e graças a mobilização do mulherio. Mas creio que já está mais do que na hora de refletirmos sobre nossos papéis como indivíduos nesse mundo, tirando o gênero. Vamos para outra etapa. 

Um bom começo é parar de dar somente presentes 'edificantes' para as meninas: panelinhas, bonequinhas e casinhas para tomar conta,...Vamos criar indivíduos/pessoas e não esteriótipos. É difícil, mas vamos tentar.

sábado, 5 de março de 2011

Xê, leiam O Bairrista, é de mijar de rir. http://www.obairrista.com/?opcao=capa
 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Que bonitinho..

MEU TIME É FODA!!!!!!

Inter é o quinto maior clube do mundo segundo a IFFHS. Cruzeiro é o 15º

Colorado só está atrás de Bayern de Munique, Real Madrid, Barcelona e do líder Inter de Milão.

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
O Inter é o quinto maior clube do mundo segundo a Federação Internacional de Futebol, História e Estatística (IFFHS). Em ranking atualizado e publicado no site oficial da entidade, o clube gaúcho só fica atrás de Bayern de Munique, Real Madrid, Barcelona e do líder Inter de Milão. O outro clube brasileiro mais bem colocado é o Cruzeiro, que aparece na 15ª posição.
Confira a classificação:
1. Inter de Milão 304,0
2. Barcelona 301,0
3. Real Madrid 261,0
4. Bayern de Munique 260,0
5. Internacional 238,0
6. Manchester United 233,0
7. Estudiantes de La Plata 229,0
8. Liverpool 228,0
9. FC Porto 219,5
10. Chelsea 218,0
11. FC Zenit 211,5
12. Paris Saint-Germain 206,0
13. Ajax 205,5
14. Villarreal 202,0
15. Cruzeiro 196,0

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Conheci ele em uma parada de ônibus aqui do DF. Quem conhece o sistema público de transportes daqui sabe que podemos contar duas vidas enquanto esperamos o coletivo...

Ele falava sozinho, descobri depois que foram os anos de cadeia que deixaram esse vício. Começou me olhando de soslaio e sem perceber eu já estava conversando com ele. Contou a vida todinha, a vinda do Maranhão, a miséria que viveu e as dificuldades aqui no DF: - só queria trabalhar honestamente...No meio disso: - Na cadeia não tem inocente. Se entramos inocentes, saímos bandido.

O caso dele foi ter caído por roubar pequenos objetos em lojas, super-mercados,..um dia pegaram. Disse que não gostava de contar as coisas ruins de um presídio: - pra isso já tem o jornal e o Rap. Gostava de contar as coisas que fizeram com que ele ainda tivesse vontade de viver..

Nunca tinha lido um livro até entrar na prisão, disse que a biblioteca foi uma das suas salvações. Os livros eram surrados e em número mínimo, até que tiveram a ideia de escrever para alguns lugares pedindo doações.

Não só livros chegaram, como discos e uma vitrola. Ouviu música clássica e se encantou. Ouviu MPB e gostou bastante. Mas o que fez ele sonhar e suspirar nos 7 anos que passou lá foram aqueles negros dos EUA que cantavam com a alma. Contou que isso mudou a vida dele. A música modificou a vida dele, mais que os livros..

Contou mais muitas histórias, sempre com um pique de alegria, não foi baixo astral. Incrível, o brasileiro realmente é antes de tudo um bravo, um forte.

O ônibus dele chegou antes do meu, ele agradeceu a prosa, esticou a mão num aperto firme e eu desejei sorte.






Hoje tô chupa cabra do texto alheio. Mas é que morreu o Scliar e o Carpi, como sempre, escreveu lindamente sobre o cara. Segue texto do blog dele. Morreu o Scliar..
http://carpinejar.blogspot.com/

Mágico é aquele que revela o segredo e todos continuam não entendendo o que ele fez.

Falo de Moacyr Scliar, autor de mais de setenta livros, entre romance, crônica, conto, literatura infantil e ensaio. Morreu neste domingo (27) à 1h, por falência múltipla de órgãos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Foi o único ilusionista que me convenceu desde a infância. Incompreensível onde arrumava tempo para escrever e manter colunas na revista Veja e nos jornais Zero Hora e Folha de São Paulo.

Confessava que tinha disciplina e acordava cedo, mas não tinha como acreditar, ele mantinha um exército dentro de si, um exército de um homem só domando centauros, produzindo miragens, dobrando os dias, duplicando a claridade da página.

"Não se dorme dentro do livro. São turnos ininterruptos de luz", brincou uma vez comigo.

"Então, o livro é o único lugar de Porto Alegre que fica aberto 24h", respondi, e ele riu da minha conclusão, eu queria ter aqueles olhos azuis imensos e sobrancelhas quase transparentes para poder rir um dia.

Scliar era ubíquo, estava em dois lugares ao mesmo tempo, é certo que no coração do leitor. Suas ilusões mais conhecidas envolviam aparecimentos súbitos, leitura da mente, e tudo o que desafiasse a explicação racional com seus personagens fantásticos, sequiosos pela verdade como num Antigo Testamento.

Era médico para despistar seus poderes ocultos. Colocou, inclusive, o Cruzeiro de Porto Alegre na semifinal do Gauchão (partida decisiva é hoje), como um dos 19 torcedores do time.

Eu não conhecia no mundo alguém mais gentil, mais dedicado. As costas sempre eretas de nadador, o passo rápido, o mundo se apequenava com sua ligeireza: mandava cartas, telefonava para agradecer uma referência, antecipava notícias, não esquecia coisa alguma.

Foi o primeiro a me saudar na literatura em minha estreia com As Solas do Sol. Meu primeiro comentário crítico no jornal é dele: Carpe Diem. Carpe Carpinejar.

Acentuava traços filiais na hora de contar histórias. Acentuava traços paternos na hora de repreender. Ele me enxergava fumando no saguão de um hotel e logo mandava:

- Põe no chão, põe logo no chão, antes que vá primeiro do que o cigarro.

A ameaça escondia uma preocupação, um conselho de amor. Eu apaguei o vício, ele nunca apagou suas virtudes.

Ele, ele, ele, cadê ele? Resta uma armada de ausências pelo Brasil. Não havia evento literário que não houvesse o nome de Moacyr Scliar no folder. Chegava ao Acre e ele passara por lá na noite anterior. Chegava ao Amazonas, ele aterrissaria no dia seguinte. Pulava para Pernambuco e nos encontrávamos para dividir a tapioca no café da manhã. Escolas pelo interior, universidades, bienais, Scliar, além de escrever sem parar com toda qualidade.

Mágico. Scliar era um mágico.

Choro e fico com vontade de recolher uma por uma de minhas lágrimas para não desperdiçar nada que vem de sua literatura. Ele não desperdiçou nada ao longo de 73 anos.

Agora está acordado dentro do livro. Lá ninguém dorme. Posso procurá-lo sempre que precisar.
Minha pasta de resenhas começa com ele.


Divulgo texto do Dan, sobre fato lamentável e absurdamente surreal, que aconteceu em Porto Alegre... O link abaixo é o endereço do blog dele
http://cosmotrip.blogspot.com/2011/02/um-psicopata-em-porto-alegre.html


Um psicopata em Porto Alegre

Dois dias atrás um grupo de ciclistas participantes de um evento mundial chamado "Critical Mass" (Massa Crítica) foi brutalmente atropelado por um motorista numa avenida no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Por muita sorte, ninguém morreu, mas várias pessoas ficaram feridas. Essa tentativa explícita de assassinato foi registrada por pessoas que estavam no local, assim como a cena lamentável que se seguiu das pessoas no chão, as bicicletas amassadas, desespero.

Tudo isso aconteceu em Porto Alegre, poderia ser em qualquer lugar no mundo, mas foi em PoA. Poderia ser apenas aquele desenho animado do Pateta que mostra um simples cidadão que, ao entrar num automóvel, se transforma num monstro obcecado e perigoso para toda a população, igual a tantos outros motoristas como ele. Mas não, foi real e foi numa cidade onde se supõe muitas coisas "desenvolvidas", mas que, na verdade, encontra-se em meio aos mesmíssimos problemas encontrados em todo o país.

O que passa pela cabeça de alguém que simplesmente toca seu carro por cima de centenas de pessoas de bicicleta? Será um fato isolado? Sinceramente, não creio. A se acompanhar a repercussão do acontecido, percebo muitas pessoas, possivelmente psicopatas enrustidos, tentando justificar a ação desse motorista assassino. Sim, porque alguém que encontra alguma razão em passar por cima de cem pessoas de bicicleta pode ser o próximo demente a fazer o mesmo por aí, basta que ele se encontre "enfurecido". Dizem essas pessoas que "as bicicletas atrapalham o trânsito, fecham a via". Ora, é o trânsito que atrapalha a vida! É uma frota gigantesca de carros que fecha a via. Isso é irracionalidade, isso é brutalidade, é não conseguir pensar adiante.

Esse crime não ocorreu simplesmente pela ausência de uma ciclovia, como quis sugerir a imprensa burra e monopolista do Grupo RBS. Uma ciclovia não vai resolver a falta generalizada de educação no trânsito, não vai resolver a falta de fiscalização, a falta de rigor na punição, não vai resolver a própria mentalidade fabricada e imposta pelo mercado do "todo-brasileiro-gosta-de-automóvel".

Infelizmente, a subserviência de muitos brasileiros incorpou essa máxima em suas cabecinhas intolerantes, levando à reprodução de uma cultura hipócrita, desigual e autoritária. Como se sabe, a nossa capacidade de revolta é extremamente limitada, mas a capacidade brasileira de se mostrar um completo idiota é enorme. Os grupos dominantes - entre eles as construtoras de automóveis - só têm a agradecer. A cultura cidadã quase inexiste em nosso país e muitas vezes é denegrida como “revolta”, “radicalismo”, "esquerdismo" etc. por aqueles que não fazem mais que defender a famosa "ordem para o povo e progresso para os dominantes", como os pseudo-jornalistas da RBS. Urge que tomemos consciência das nossas próprias limitações para podermos combater aqueles que só têm interesse em garantir esse status quo. A sociedade brasileira ainda é muito atrasada para se julgar melhor do que ela não é.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, vontade de viver assim agora..

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Muammar Kadafi tá na TV dizendo que vai meter bala em quem quiser 'incitar a revolta civil', mas é muita cara de pau desse ditador, que faz farra na Líbia há 30 anos. O discurso dele é surreal...Pingou o colírio alucinógeno mesmo.

Bom mesmo foi o soldado que se negou a bombardear a população e se mandou com o avião pra outro lugar.


Chega desses ditadores. CHEGA!

Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver
É como chão no mar
Liga o rádio à pilha, a TV
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora?
Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros para poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha?
Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória
E eu te chamo, eu te peço: Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também!
Passo as tardes pensando
Faço as pazes tentando
Te telefonar
Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro fusca lá fora?
E eu vou guiando
Eu te espero, vem?
Siga onde vão meus pés
Porque eu te sigo também.
E eu te amo!
E eu berro: Vem!
Grita que você me quer
Que eu grito também!
Hei! Hei!?

Legal que BsB também esteja virando circuito dos grandes shows. Quase todos esses músicos que virão para cá já vi em Poa há algum tempo, lá no sul temos a sorte de ter uma grande produtora que desde os anos 80  bancam a vinda de grandes bandas.

Estão muito caros os ingressos. Eu ia no Iron - que já vi há uns 10 anos lá, mas tô achando meio salgadinho. Acho que valia ver o Ozzy, se bem que ele tá uma múmia e nem deve fazer o show direito..

Agora uma que tá aí no domingo é a Cindy Lauper. Nunca comprei um disco dela nem a curtia nos anos 80, só que não há como negar que a mina marcou, pelo menos a sessão da tarde. Ela ajudou a eternizar Os Goonies.

Nesse show fiquei com vontade de ir....

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Do túnel do tempo... Marília postou algumas fotos no face e entre elas, um de nossos 'chimas' no Gasômetro lá por 199...

Nos conhecemos desde 1981. 30 anos se foram...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sono, sono, sono,....Tô dormitando que nem um gato em frente ao computador. Um ano inteiro com dois empregos que me 'exigem' tão me matando. QUERO, NECESSITO trabalhar só em um com salário de dois.

Sabe que coloquei o tal contador de acessos no blog, aquele que conta por semana. Pois na sexta dava 89 acessos e hoje mais de 190. Como pode?? Acho que tá errado pq 100 acessos num findi? Assim vou pedir patrocínio rsrsrs. 

E o Ronaldo em sua despedida? Pô, elogiou a torcida do Corinthians, mas foram muito paunocu com ele. Gosto do Ronaldo, foi um grande jogador, mas tá 'bichado' há muito tempo... 


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Eu e Cricri nos encontramos e, como sempre, foi divertido e produtivo. Tomei uma decisão inspirada nessa minha corajosa amiga. Esse ano vou plantar o terreno pra num futuro próximo ser dona de minha força de trabalho. Projeto NUNCA mais bater cartão ponto! E ponto.


Nessa terra dos concursos as pessoas só vêem essa opção. Eu seria triste trabalhando na burocracia de uma máquina estatal. Mas os conceitos estão mudando. Um cara de 20 anos pensa em concurso por causa da aposentadoria. Então nêgo passa 30 anos de sua juventude infeliz pra aposentar com bom salário.

Sejamos corajosos, vamos apostar em nosso talento e ter saídas alternativas, afinal essa é uma das instituições brasileiras a criatividade e o jeitinho. Jeitinho comk jogo de cintura pra driblar as tretas.

Beijos, não me liguem pois ainda tô sem celular.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sonhei com o Karl Marx, sério, sonhei com o cara, pô pq não sonho com um cara atraente e sedutor? Mas bueno, vou reproduzir meu diálogo com ele.

Van: Marx, o que você sentiu com o fim do Comunismo?

Marx: Que Comunismo? Como posso ter sentido algo se nunca houve Comunismo. O que teve foi um capitalismo de estado, Stalinismo, comunismo NUNCA.


Van: Tá, tá, mas e a ditadura do proletariado?

Marx: Não ocorreu a ditadura DO proletariado e sim a ditadura SOBRE o proletariado.


Van: Existe ainda o proletariado no Século XXI?
Marx: Bons tempos o Século XIX, onde se distinguia o proletário, do profissional liberal (que vocês hoje chamam classe média) do patrão, apenas pela vestimenta. Hoje em dia todo mundo se veste igual e tem os mesmos sonhos de consumo. Onde estão as oposições de classe? Todo mundo quer é comprar o tal carro e a tal marca.

Van: Você gosta do termo Marxismo?
Marx: Bom, sou um cara vaidoso, até que não me importo.. Mas o que me aborrece é um bando de gente que leu três páginas do que escrevi e enche a boca pra dizer: - Sou marxista! Ora vá..


Van: O que você acha do Brasil ter um presidente que foi um operário?

Marx: Achava ele mais interessante como representante de classe. Se opondo à patronal para poder avançar. Hoje ele compõem demais, negocia demais..

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Voltei de Poa mudada, diferente. Aconteceu que 'vi a cara da morte e ela estava viva'! VIVA! Fui para o aniversário de minha mãe e fiquei no litoral, meu pai também foi para lá e o Henris também. Dentre tantas outras pessoas eram quem mais eu queria ver.

O aniversário foi sexta, bebi e cantei até às 8 da manhã. Já estava há uns 2 dias de virada para poder ver todos e aproveitar os poucos dias no meu pago. Pois bueno, no sábado o Henris me convidou pra ver uma banda lá do Sul a Vera lôca num pub bem legal de Imbé, fomos com a irmã e o cunhado. Antes de ir eu disse que não tava muito a fim pois estava com 'pressentimentos', ele - que como eu, não cremos em bruxas, disse: deixa de bobagem..Fui até a casa dele com o carro da mãe e de lá fomos com o dele. Voltamos às 5 da manhã, e eu tinha bebido 2 copos de ceva - o que pra mim é como não beber. Mas, o sono tava pegando. Henris convidou para dormir lá, mas como a casa dele tava cheia de parentes eu tomei o rumo de casa. Devia ter ouvido meus 'pressentimentos'..

Dormi ao volante e capotei o carro. O que me salvou foi que naquele momento não haviam carros na pista - coisa rara nesta hora em que a gurizada está voltando das festas, e pq o carro parou numa duna de areia. A estrada é uma interpraias sem construções dos lados. Cara, os segundos entre acordar e acontecer tudo é tão maluco, só pensei: tô morta! O carro ficou de lado na duna, comecei a me tocar e vi que não tinha sangue. Fiquei de cara pelo estado do carro e de como eu não tinha um arranhãozinho, um hematomazinho, uma dorzinha.

Chamei a mãe e o Henris, que já veio com o médico. Minha mãe e cunhada abraçavam de sufocar. Como eu poderia ter sofrido aquele acidente eestar ali, sem nadica de nada...

Bueno, serve pra reflexão que a vida pode ir em segundinhos. Se você estiver cansado não pegue o carro. Se tiver sono não dirija.

Tô viva!!!!!



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Tenho que terminar um texto hoje para entregar no banco. Aff é o prazo final e não consigo finalizá-lo. Por isso dei uma paradinha pra vir aqui escrever qualquer coisa que não seja sobre sistema bancário.

Finalmente vou pra Porto. Meu pai exigiu com palavras doces...Saudades do velho e do meu pago.

Ontem um FDP quase entrou no meu carro, aqui em BsB as pessoas dirigem mal pra caralho e ainda se acham cheias de razão.

A quem interessar possa pra 2011 passagens por 780 pilas ida e volta pra Rússia. Eu vou conhecer o país de muitos dos escritores que amo. Tá barbada hein? E pra lá brasileiro não precisa de visto, basta passaporte. Taí o link http://www.melhoresdestinos.com.br/passagens-aereas-baratas-russia.html




terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Estávamos na auto-estrada voando num carro que devia ter uns 30 anos de uso. Era classudo, um rabo de peixe que em seus dias de glória fizera bonita figura. Eu não ia ao volante. Nunca dirigi. Nunca gostei. Resquícios da forçação de meu pai, um cara que sonhou a metade da vida com um possante que nunca pode pagar. Meu velho é um camarada que nasceu numa dessas cidadezinhas minúsculas do Hemisfério Norte. Quando eu mal tocava nos pedais de um carro ele já me colocava na direção. Pobre diabo, eu nunca quis dirigir. Meus homens sempre o fizeram por mim. Mas nesse dia, corríamos feito loucos pela pista, sem medo nem frescuras. O cara do volante bebia doses em cada gole, eu fumava meu baseado tranquilamente tentando ver a paisagem que passava como em flashes. Concretamente, éramos um bando de desocupados sem culpa de sê-lo. Víviamos com recursos de pensões, pecúlios, etc,.. sem maiores preocupações em ter que garantir o sustento. O que ganhávamos dava pra pagar a bebida, o baseado e meter o pé na estrada. Parávamos somente para comer ou vomitar - incrível como a qualidade da bebida decaiu nesses últimos anos. Passávamos desapercebidos pelas cidades maiores, mas nas pequenas, praticamente éramos atrações de circo. Viajávamos em seis, transávamos entre nós, e com quem nos agradasse pelo caminho. Nunca nos aborrecíamos uns com os outros - havia uma espécie de pacto silencioso de não nos atentarmos com coisas que a maior parte das pessoas se aborreceria: pés sujos, migalhas pelo carro, baganas, falta de banho, bebidas derrubadas,..Não deixávamos que nada nos indispusesse uns com os outros. Você deve estar se perguntando:- Pô ,quem vive assim tão desencanado? Conviver é sinônimo de treta..Mas conosco não. O único pacto implícito era o de que quando começassem os atritos o grupo se separaria. O que ocorreu 13 meses e 21 dias após o início de tudo. Foi num final de tarde alaranjado, cada qual com seu copo na mão..

Bombril e Borregard

Piazita ainda, ficava indignada quando apareciam na tv aquelas linhas verticais. Pô duma hora pra outra ficava sem a mulher maravilha, a mulher biônica, as panteras, a corrida maluca, o Utraseven,..Bah! Aquele arremedo de zebra estragava meu dia. Então gritava pro pai: Arruma a tv!! Ele vinha, com sua calma peculiar, e se fosse só um chuvisco ajeitava ou trocava o bombril e seguia o baile..Agora, se fossem as tais linhas ele dizia um enigmático - é lá, é lá. Porra!Lá aonde eu pensava. Não possuia a abstração necessária pra concatenar que o "é lá" era a torre da TV que ficava no morro Santa Tereza, que abriga os estúdios de rádio e televisão até hoje. Muito menos os adultos perdiam tempo, há 30 anos atrás, em explicações mais "rebucadas" com as crianças. Sapecar um - é lá, tava de bom tamanho. Só que teve seu preço, uma bela manhã peguei a chave de fenda dele e abri a tv, pra mim o é lá era lá...

Outro grande mistério da infância tem a ver com cheiro. Até o final dos anos 70, comecito dos 80, um cheiro horrível invadia a cidade em algumas horas do dia. Lá vinha a pergunta: -Que cheiro é esse? - É a Borregard guria!

Nunca me atrevi a perguntar o que era a tal, mas pelo cheiro imaginava um monstro, como os dos seriados do Ultraman, bem gosmento, horroroso e muito fedorento. Cresci com aquele cheiro e num é que estava certa! A tal Borregard era um monstro: uma multinacional francesa de celulose que se instalou na cidade na década de 60 e o cheiro fazia parte do pacote dos dejetos químicos que eles largaram por 20 no nosso lindo Guaíba. Trocamos uns monstros por outros...
Bueno, como ainda não tive tempo de aprender a utilizar bem minha câmera, não tenho as fotos de NY. Meu conselho pra quem quer conhecer essa cidade única é ir fora de temporada de final de ano. Tá, as grandes liquidações são nessa época, algumas ruas estão lindas, as vitrines da 5ª Av são verdadeiras obras de arte,...Mas é a época que mais tem turista de tudo que é canto, você pode pegar uma nevasca - nós só não pegamos ela lá, pq ficamos retidas no Chile, o que tem de carimbo do Chile no meu passaporte... além disso é fila pra tudo, tudo mesmo.

O sistema de metrô é fantástico, tem linha pra tudo que é lado e 24h. É só comprar o MetroCard,  cartão de passes ilimitados tanto pra bus como metrô, que pode ser por uma semana e custa U$ 29,00. Barbada pra turista que quer conhecer tudo por lá. Em todos os hotéis tem o mapa das linhas do metrô, depois de uns 3 dias - se você for ligado - saberá se virar muito bem. Fiquei 8 dias e nos últimos 2 já dava até informação sobre as linhas kkk.

Você pode passar lá com poucos dólares. Uma refeição gostosa em Chinatown, macarrão bem fininho frito com muito legume e frango mais outro prato delicioso, que comeriam 3 pessoas, sai por 16 dólares. Também tem opções como o Carmine's e Di napolli, que servem porções gigantescas, 4 pessoas comem de boa por 30 dólares. Fora o paraíso dos fastfoods a Wendy's - pq não tem Wendys no Brasil????Um Chilli gostoso e quentinho no friozinho por 1,69, saladinha bem gostosa por 1,49 e muitas opções por 0,99. Um verdadeiro paraíso. Não gastamos muito com rango, mas também não bebemos - nem dava tempo.

Muitas cidades por mais legais que sejam depois de uns dias dá vontade de voltar. Como SP. Adoro muitas coisas lá mas não quero morar. Agora NY, moraria de olhos fechados, quer dizer: BEM abertos. É uma energia aquilo lá.

Acho que ficaria pelo Brooklyn, na parte que é perto de Manhattan. No Brooklyn que fui ouvir aqueles corais lindos de Gospel, na Tabernacle Church, o pessoal da Igreja nos tratou tão bem e o sermão é absurdamente diferente dos crentes daqui. Aqui é só falação do Diabo o tempo todo, lá são sermões afirmativos que colocam a moçada pra cima, tipo: você é lindo, você é massa. O cara sai de lá bem, principalmente pq culmina o culto com aqueles vozeirões. Lindo demais.

E os Museus? Ah os museus... O MoMa, de arte contemporânea achei legal. O Museu do Índio, bem pertinho da barca para ir à Estatua da Liberdade - que é menor que o Cristo, viu? E um dos que mais amei: The Brooklyn Museum - olha aí de novo o meu 'bairro', na verdade ele não é bem um bairro é um distrito. NY é formado por 5 distritos: Queens, Brooklyn, Bronx, Staten Island e Manhattan.
O Brooklyn Museum tem uma das maiores coleções de arte egípcia do mundo. É muito à fudê.

Vou ter que vazar, depois conto mais..

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Que que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que já nem me lembro
Lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
Que que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo
Passas por mim
E um silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar
O quê que eu vou fazer pra te lembrar?
Como tantos que eu conheço
E esqueço de amar
Em que espelho teu
Sou eu que vou estar?
A te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus vai apagar.
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus vai apagar.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Voltei de NY agora, no finalzinho da semana passada. Apesar de ser uma época louca para ir - final de ano é um bando de loucos a procura de ofertas e mais ofertas que estão por toda a cidade - vale a pena. Vale mesmo.

A diversidade cultural é realmente fantástica, andar pelo Brooklin, Queens, Bronx, Harlem e também pela 5ª Avenida, Times Square, Broadway é à fudê.

Tô meio sem tempo de escrever agora, mas quando tiver já aprendido a manejar minha máquina, pra poder descarregar as fotos, escrevo sobre a Grande Maçã.