Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça. Karl Marx.

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Tenho que terminar um texto hoje para entregar no banco. Aff é o prazo final e não consigo finalizá-lo. Por isso dei uma paradinha pra vir aqui escrever qualquer coisa que não seja sobre sistema bancário.

Finalmente vou pra Porto. Meu pai exigiu com palavras doces...Saudades do velho e do meu pago.

Ontem um FDP quase entrou no meu carro, aqui em BsB as pessoas dirigem mal pra caralho e ainda se acham cheias de razão.

A quem interessar possa pra 2011 passagens por 780 pilas ida e volta pra Rússia. Eu vou conhecer o país de muitos dos escritores que amo. Tá barbada hein? E pra lá brasileiro não precisa de visto, basta passaporte. Taí o link http://www.melhoresdestinos.com.br/passagens-aereas-baratas-russia.html




terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Estávamos na auto-estrada voando num carro que devia ter uns 30 anos de uso. Era classudo, um rabo de peixe que em seus dias de glória fizera bonita figura. Eu não ia ao volante. Nunca dirigi. Nunca gostei. Resquícios da forçação de meu pai, um cara que sonhou a metade da vida com um possante que nunca pode pagar. Meu velho é um camarada que nasceu numa dessas cidadezinhas minúsculas do Hemisfério Norte. Quando eu mal tocava nos pedais de um carro ele já me colocava na direção. Pobre diabo, eu nunca quis dirigir. Meus homens sempre o fizeram por mim. Mas nesse dia, corríamos feito loucos pela pista, sem medo nem frescuras. O cara do volante bebia doses em cada gole, eu fumava meu baseado tranquilamente tentando ver a paisagem que passava como em flashes. Concretamente, éramos um bando de desocupados sem culpa de sê-lo. Víviamos com recursos de pensões, pecúlios, etc,.. sem maiores preocupações em ter que garantir o sustento. O que ganhávamos dava pra pagar a bebida, o baseado e meter o pé na estrada. Parávamos somente para comer ou vomitar - incrível como a qualidade da bebida decaiu nesses últimos anos. Passávamos desapercebidos pelas cidades maiores, mas nas pequenas, praticamente éramos atrações de circo. Viajávamos em seis, transávamos entre nós, e com quem nos agradasse pelo caminho. Nunca nos aborrecíamos uns com os outros - havia uma espécie de pacto silencioso de não nos atentarmos com coisas que a maior parte das pessoas se aborreceria: pés sujos, migalhas pelo carro, baganas, falta de banho, bebidas derrubadas,..Não deixávamos que nada nos indispusesse uns com os outros. Você deve estar se perguntando:- Pô ,quem vive assim tão desencanado? Conviver é sinônimo de treta..Mas conosco não. O único pacto implícito era o de que quando começassem os atritos o grupo se separaria. O que ocorreu 13 meses e 21 dias após o início de tudo. Foi num final de tarde alaranjado, cada qual com seu copo na mão..

Bombril e Borregard

Piazita ainda, ficava indignada quando apareciam na tv aquelas linhas verticais. Pô duma hora pra outra ficava sem a mulher maravilha, a mulher biônica, as panteras, a corrida maluca, o Utraseven,..Bah! Aquele arremedo de zebra estragava meu dia. Então gritava pro pai: Arruma a tv!! Ele vinha, com sua calma peculiar, e se fosse só um chuvisco ajeitava ou trocava o bombril e seguia o baile..Agora, se fossem as tais linhas ele dizia um enigmático - é lá, é lá. Porra!Lá aonde eu pensava. Não possuia a abstração necessária pra concatenar que o "é lá" era a torre da TV que ficava no morro Santa Tereza, que abriga os estúdios de rádio e televisão até hoje. Muito menos os adultos perdiam tempo, há 30 anos atrás, em explicações mais "rebucadas" com as crianças. Sapecar um - é lá, tava de bom tamanho. Só que teve seu preço, uma bela manhã peguei a chave de fenda dele e abri a tv, pra mim o é lá era lá...

Outro grande mistério da infância tem a ver com cheiro. Até o final dos anos 70, comecito dos 80, um cheiro horrível invadia a cidade em algumas horas do dia. Lá vinha a pergunta: -Que cheiro é esse? - É a Borregard guria!

Nunca me atrevi a perguntar o que era a tal, mas pelo cheiro imaginava um monstro, como os dos seriados do Ultraman, bem gosmento, horroroso e muito fedorento. Cresci com aquele cheiro e num é que estava certa! A tal Borregard era um monstro: uma multinacional francesa de celulose que se instalou na cidade na década de 60 e o cheiro fazia parte do pacote dos dejetos químicos que eles largaram por 20 no nosso lindo Guaíba. Trocamos uns monstros por outros...
Bueno, como ainda não tive tempo de aprender a utilizar bem minha câmera, não tenho as fotos de NY. Meu conselho pra quem quer conhecer essa cidade única é ir fora de temporada de final de ano. Tá, as grandes liquidações são nessa época, algumas ruas estão lindas, as vitrines da 5ª Av são verdadeiras obras de arte,...Mas é a época que mais tem turista de tudo que é canto, você pode pegar uma nevasca - nós só não pegamos ela lá, pq ficamos retidas no Chile, o que tem de carimbo do Chile no meu passaporte... além disso é fila pra tudo, tudo mesmo.

O sistema de metrô é fantástico, tem linha pra tudo que é lado e 24h. É só comprar o MetroCard,  cartão de passes ilimitados tanto pra bus como metrô, que pode ser por uma semana e custa U$ 29,00. Barbada pra turista que quer conhecer tudo por lá. Em todos os hotéis tem o mapa das linhas do metrô, depois de uns 3 dias - se você for ligado - saberá se virar muito bem. Fiquei 8 dias e nos últimos 2 já dava até informação sobre as linhas kkk.

Você pode passar lá com poucos dólares. Uma refeição gostosa em Chinatown, macarrão bem fininho frito com muito legume e frango mais outro prato delicioso, que comeriam 3 pessoas, sai por 16 dólares. Também tem opções como o Carmine's e Di napolli, que servem porções gigantescas, 4 pessoas comem de boa por 30 dólares. Fora o paraíso dos fastfoods a Wendy's - pq não tem Wendys no Brasil????Um Chilli gostoso e quentinho no friozinho por 1,69, saladinha bem gostosa por 1,49 e muitas opções por 0,99. Um verdadeiro paraíso. Não gastamos muito com rango, mas também não bebemos - nem dava tempo.

Muitas cidades por mais legais que sejam depois de uns dias dá vontade de voltar. Como SP. Adoro muitas coisas lá mas não quero morar. Agora NY, moraria de olhos fechados, quer dizer: BEM abertos. É uma energia aquilo lá.

Acho que ficaria pelo Brooklyn, na parte que é perto de Manhattan. No Brooklyn que fui ouvir aqueles corais lindos de Gospel, na Tabernacle Church, o pessoal da Igreja nos tratou tão bem e o sermão é absurdamente diferente dos crentes daqui. Aqui é só falação do Diabo o tempo todo, lá são sermões afirmativos que colocam a moçada pra cima, tipo: você é lindo, você é massa. O cara sai de lá bem, principalmente pq culmina o culto com aqueles vozeirões. Lindo demais.

E os Museus? Ah os museus... O MoMa, de arte contemporânea achei legal. O Museu do Índio, bem pertinho da barca para ir à Estatua da Liberdade - que é menor que o Cristo, viu? E um dos que mais amei: The Brooklyn Museum - olha aí de novo o meu 'bairro', na verdade ele não é bem um bairro é um distrito. NY é formado por 5 distritos: Queens, Brooklyn, Bronx, Staten Island e Manhattan.
O Brooklyn Museum tem uma das maiores coleções de arte egípcia do mundo. É muito à fudê.

Vou ter que vazar, depois conto mais..

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Que que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que já nem me lembro
Lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
Que que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo
Passas por mim
E um silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar
O quê que eu vou fazer pra te lembrar?
Como tantos que eu conheço
E esqueço de amar
Em que espelho teu
Sou eu que vou estar?
A te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus vai apagar.
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus vai apagar.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Voltei de NY agora, no finalzinho da semana passada. Apesar de ser uma época louca para ir - final de ano é um bando de loucos a procura de ofertas e mais ofertas que estão por toda a cidade - vale a pena. Vale mesmo.

A diversidade cultural é realmente fantástica, andar pelo Brooklin, Queens, Bronx, Harlem e também pela 5ª Avenida, Times Square, Broadway é à fudê.

Tô meio sem tempo de escrever agora, mas quando tiver já aprendido a manejar minha máquina, pra poder descarregar as fotos, escrevo sobre a Grande Maçã.