Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça. Karl Marx.

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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Depois de muitas discussões meu niver vai ser comemorado sábado no Acarajé da Rosa da 210 Norte. Estão tod@s convidados. Depois vamos sacolajar o esqueleto no Gate's ou em algum lugar que esteja aberto e com boa música . Não queria mais fazer aniversário...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Depois de 2 anos em BsB, fui no meu 1º Porão do Rock. Ah, os puristas saudosistas vão dizer: Não é mais a mesma coisa..claro que não é, o tempo passou o troço cresceu e virou 'produto'. Buenas, achei legal que o meu 1º tenha sido o da mudança para a Esplanada e de graça. Quando li que eles iriam fazer um palco giratório, para que enquanto uma banda estivesse se apresentando, a outra já estivesse preparada no outro palco, garantindo assim uma dinâmica legal, achei bacana. Mas não foi bem assim...Faltou a organização que teve no Rola Pedra, dois palcos: quando acabava um show era só ir para o palco ao lado e rapidamente começava a tocar outra banda. Mas achei legal, adoro showzinho ao ar livre, free, todo mundo na boa...Vou ter que confessar, apesar de várias bandas legais terem passado, o que eu cantei mesmo, aos plenos pulmões rsrs foram as do Legião..Por problemas técnicos, perdi a Cachorro Grande, uma lástima. A fiquei impressionada também com a quantidade de homem feio, taí a Cleozinha que não me deixa mentir rsrsrs.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fico pensando em coisas, objetos, eventos e imagino as origens de cada coisa. É um bom exercício literário e de imaginação. Vamos aos meus mitos fundantes do coquetel (cockteil).

Por volta do século III, uma tribo guaraní, cultuadores da divindade 'avycuè', em sua homenagem teriam misturado um composto de cevada triturada entre os dentes das mulheres intocadas da tribo, e parte de aguardente produzida do milho. Posteriormente, com o contato, os europeus, depois de a beberem, teriam batizado de cock (de cocar, lugar mais alto) e teil (som de tél, que em guaraní significa inconsciência). A bebida ficaria conecida por seus picos de inconsciência, por muitos séculos.

No Candomblé do Paty, no ano de 1824, os escravos da Fazenda do Alferes, reumiam-se com a permissão do senhor e das autoridades locais para comemorarem, uma vez ao mês, suas entidades. Reza a tradição oral que no mês de Chapanã, o orixá do corpo, seus seguidores, crentes que a maturação do milho (alimento do orixá) continha propriedades regeneradoras, misturaram-no com uma raíz forte. Chacoalharam-no num ritual de dança e transe. As palavras proferidas durante o rito, tinham a sonoridade de 'coquitel', que assim foi batizado por um português curioso dos rituais dos negros, que estava no terreiro do Paty naquela noite.
Na Escócia do século XIX, o Duque de Cantemburry, enamorado da Condessa de Coqueteil, paixão não declarada, queria preparar-lhe o que havia de melhor: sua mesa, seu quarto, seu banho, sua alimentação. Contudo, o Duque queria adular-lhe com alguma delicadeza especial em sua chegada e perturbado pela situação, ao preparar-lhe o espumante gelado, derrubou gim dentro da taça, o que coincidiu com a chegada da musa, que abatida pela estrada, regozijou-se com a visão da taça suada e sentenciou ser aquela a melhor bebida já degustada por ela. Imediatamente o Duque chamou seu registrador-mor e lavrou um documento patenteando a bebida em homenagem a sua indireta inspiradora.

Em 1430 a.C., no Vale do Fértil Crescente, a princesa babilônica Isthar, aborrecida com a traição de seu pretendente Aminófiles, resolveu vingar-se de sua rival, a nebet-per Carlissa. Preparou-lhe uma bebida ritual cuja receita lhe foi passada por seus ancestrais e era utilizada em tempos imemoriais como vingança aos inimigos aprisionados em guerra. A bebida consistia na mistura da fermentação de duas espécies de sargaço do Rio Eufrates, fermentado durante seis luas com o veneno da serpente cóquis. A bebida tinha um sabor exótico, agradava a vítima que sequer imaginava seu resultado final. O líquido ficou conhecido e igualmente temido por todos, por resultar em comportamento nada adequado, principalmente nas mulheres. O estado de alteração da sensibilidade e da motricidade fazia que quem ingerisse, cometesse atos incompatíveis aos costumes da população. Após isso, eram rechaçados tendo que afastar-se do grupo para nunca mais retornar.

Pesquisa da Times de 1966, busca as origens do coquetel, drink muito apreciado na América do Norte. As fontes da pesquisa consistiam nos anúncios dos jornais de todos os estados abrangendo os anos de 1824 à 1936. Essa apurada pesquisa histórica, incomum entre a maior parte dos jornalistas, resultou no conhecimento da 1ª vez que foi registrada a palavra. O primeiro anúncio que resultou no batismo da bebida foi escrito em 19/05/1897, pelo Dakota News, por um anunciante de elixir que tinha propriedades para 'apaziguar corações partidos', o "coquetel do amor" seria a solução dos problemas. E continha alta dosagem de álcool.
Mais uma onda de repressão à palavra e à liberdade de expressão está rondando a América do Sul. O governo de Cristina Kitchner, 'sensível' às críticas da imprensa, particularmente às do periódico O Clarín, resolveu enviar ao congresso medidas que colocam uma mordaça nos meios de comunicação. Cercear os meios de comunicação me cheira a golpe.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tu é puta ou é santa me perguntou ela. Aquilo ecoou na minha cabeça dias e continua agora, firme, forte e em espirais. Ela tinha um jeito duro e lento de falar, penetrava na gente. Contava , sem traços de auto-piedade, dos abortos que fez em lugares fétidos, das surras e curras que levou- a violação a uma puta é sempre demonstração gratuita de um ódio a liberdade, porque se tens acesso ao corpo não precisas tomá-lo à força. E no meio disso tudo:-tu é puta ou santa? E eu que sei?Ela parecia saber que mulheres como eu buscam desesperadamente serem livres no que diz respeito ao sexo. Vocês não querem machos dominadores, mas querem conforto pra levar a vida. Não querem dar satisfação mas querem viagem pra Europa, querem ter liberdade mas com uma jóia no dedo. A mulher era dura e lenta.Liberdade ou segurança?Puta ou santa?Me disse que tinha medo de drogas e bebida. Depois de 5 overdoses e de um princípio de cirrose ficou ressabiada, mas nada que allterasse sua vida.Tem marcas e cicatrizes pela delimitação territorialista de sua área de trabalho, principalmente com as travecas. Tem que ser forte - bater mesmo senão as vecas levam o ponto, não gosto delas. Depois me conta que uma de suas melhores confidentes é uma..Perto das suas experiências, todas minhas dúvidas e experiências eram por demais infantis, burguesas e até saudáveis.Sair com um homem transar enlouquecidamente com ele e ficar triste pq ele não liga no dia seguinte é ser puta? Não, puta é bem mais livre que isso. A pergunta dela puta/santa, me fez pensar que mulher mediana acredita na balela:sou bem sucedida, tenho o corpinho em dia agora só falta o machinho adequado pra babar em mim. Essa mulher que diz querer curtir sua vida sem amarras e tabus, mas não suporta que o homem não ligue ou não diga que ela é maravilhosa, nada mais é do que a Amélia com grana no bolso. A puta é muito mais livre e honesta do que a média/mediana que dá pro seu parceiro pq se acomodou e diz -não tá lá essas coisas mas tá bom assim, pq pelo menos tenho alguém..Ela disse que me reconheceu de imediato como puta, mesmo de óculos, livro na mão e pagando minha própria bebida. A pergunta puta/santa foi pra sacanear e completou de saída -eu sou puta, tu é só uma ameaça, um arremedo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Adoro essa letra...

Sinceramente, você pode se abrir comigo
Honestamente, eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Acertei

Eu sei a palavra que você deseja escutar
Você é o segredo que eu vou desvendar
Você acertou o pulo quando me encontrou
Acertou o pulo quando me encontrou
E então o nosso mundo girou

Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí, então, eu abri meu coração
Porque nada é em vão

Gostei do seu charme e do seu groove
Gostei do jeito como rola com você
Gostei do seu papo e do seu perfume
Gostei do jeito como eu rolo com você

Sinceramente, você pode se abrir comigo
Honestamente, eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Acertei o pulo quando te encontrei
E então o nosso mundo girou

Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí, então, eu abri meu coração
Porque nada é em vão
Estava saindo de um dos hospitais da 910, com a perna suturada com 6 pontinhos, toda tristinha, mó pra baixo quando chego na parada de ônibus e tchan! Que sensação boa me absorveu - olhei pro chão e tinha poesia. Brasília é uma cidade que me surprende muitas vezes. Gosto daqui. Algumas das coisas únicas da cidade são: um açougue que disponibilizou bibliotecas em paradas de bus (fantástico!), uma oficina mecânica que depois das 19h vira um teatro de arena, uma mendiga que atravessa a cidade com tailler bem cortado de cetim, e agora essa mavarilha: poesia no que antes era buraco e pauta de jornal. Saiu algumas vezes nos periódicos e TVs de Brasília, que partes das calçadas da W3 Sul estavam intransitáveis. Além das constantes reclamações dos moradores e andarilhos daquelas bandas. Só que uma pessoa, ao invés de reclamar dos buracos e amaldiçoar os tropeções, foi lá, juntou as pedrinhas em mosaico e tchun! Fez poesia..e da boa, viu? Tomara que façam em mais e mais calçadas. Ah! O nome do poeta é Louco de Pedra...E elas estão nas calçadas da 510.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009