Fico pensando em coisas, objetos, eventos e imagino as origens de cada coisa. É um bom exercício literário e de imaginação. Vamos aos meus mitos fundantes do coquetel (cockteil).
Por volta do século III, uma tribo guaraní, cultuadores da divindade 'avycuè', em sua homenagem teriam misturado um composto de cevada triturada entre os dentes das mulheres intocadas da tribo, e parte de aguardente produzida do milho. Posteriormente, com o contato, os europeus, depois de a beberem, teriam batizado de cock (de cocar, lugar mais alto) e teil (som de tél, que em guaraní significa inconsciência). A bebida ficaria conecida por seus picos de inconsciência, por muitos séculos.
No Candomblé do Paty, no ano de 1824, os escravos da Fazenda do Alferes, reumiam-se com a permissão do senhor e das autoridades locais para comemorarem, uma vez ao mês, suas entidades. Reza a tradição oral que no mês de Chapanã, o orixá do corpo, seus seguidores, crentes que a maturação do milho (alimento do orixá) continha propriedades regeneradoras, misturaram-no com uma raíz forte. Chacoalharam-no num ritual de dança e transe. As palavras proferidas durante o rito, tinham a sonoridade de 'coquitel', que assim foi batizado por um português curioso dos rituais dos negros, que estava no terreiro do Paty naquela noite.
2 comentários:
Nunca parei pra me perguntar da onde vinha essa palavra. No dicionário Oxford (em inglês) diz que vem de Cock(galo)+tail(rabo) pq rolavam umas competições e nego colocava uns cavalos que não eram puro sangue pra competir, e esses cavalos tinham seus rabos enrolados com bobs (como escreve isso) pra disfarçar a falta de purosanguice deles... aí a analogia com o nome pq daí eles colocavam coisas doces nas bebidas pra "disfarçar" o gosto...alguma coisa do tipo :PPP
É uma maravilha ter amiga culta, uma maravilha..
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