Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça. Karl Marx.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dica de literatura erótica


A História de O, da autora francesa Pauline Réage, é uma novela sadomasoquista que veio a público poucos anos antes da morte da autora. Publicada em 1954, em francês, é uma fantasia de submissão feminina de uma fotógrafa parisiense de moda que é vendada, acorrentada, chicoteada, marcada, feita para usar máscara, e ensinada a estar sempre disponível para o sexo oral, vaginal e/ou anal. Trata-se de um clássico do gênero erótico na linha de Venus in furs , pois o sadomasoquismo é seu ponto forte. É sobre uma jovem que no início joga como dominada, mas quanto mais resiste à tortura, mais gosta de ser escrava. Anos antes do movimento feminino, essa história ensina as mulheres a assumir o controle de seus desejos sexuais e não permitir que ninguém faça escolhas por elas. Em fevereiro de 1955, o livro ganhou o prêmio francês de literatura Prix des Deux Magots, embora isso não tenha evitado que as autoridades francesas acusassem o editor de obscenidade. As acusações foram rejeitadas pelos tribunais, mas um boicote publicitário ocorreu durante longos anos. Isso porque é difícil entendermos o caminho que a sexualidade pode tomar..


Acho linda essa capa do Crepax pro livro.
ONDE QUER QUE
VOCÊ ESTEJA
EM MARTE OU ELDORADO
ABRA
A
JANELA
E VEJA O PULSAR QUASE MUDO

ABRAÇO DE ANOS-LUZ
QUE NENHUM SOL
AQUECE
E
O
OCO

ESCURO

ESQUECE

sábado, 24 de outubro de 2009

Sou do Plebe Rude na Arena do CAVE no Guará II dia 25/10. Tem acontecido shows gratuitos muito legais por lá, sábado passado foi o BenJor. As pessoas têm que ir para que eles continuem acontecendo. PRESTIGIEM e divirtam-se!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009


Acho essa pintura A leiteira, óleo de Johannes Vermeer (1632-1675) tão linda e delicada que poderia passar horas olhando para ela..que contraste de sombra e luminosidade, parece um retrato.
As vezes gasto meio tanque de gasol pra ir da Asa norte pro SIG rsrs, me perco pra carai. Acho que nunca vou conseguir dirigir nessa cidade. Eixo, eixinho, tesourinha e o escambau. Putz, se a gente perde uma entrada as vezes só tem retorno na pqp. E como o trânsito é rápido e eu sou uma merda de motorista, tudo piora. Sabe essas pesquisas que fazem perguntando quem dirige melhor? E as mulheres tentam argumentar que dirigem melhor que os homens? Pois eu sou um desserviço à classe. Sou uma péssima condutora. Tenho que andar com um co-piloto senão só chego nos lugares hoooras depois.
Ah, e sou muito desligada, esses dias ia passar o sinal vermelho. E vergonha das vergonhas não parei numa passagem de pedestres, fiquei na maior dor de consciência.. O trânsito não me merece, mas vai ter que me engolir rsrs.





Essas são obras de Glauco Rodrigues que nasceu em Bagé-RS em 1929 e morreu em 2004. Foi pintor, desenhista e gravador desde 1945.
Expôs pela primeira vez em 1948, na mostra OS NOVOS DE BAGÉ, em Porto Alegre, onde já frequentava a Escola de Belas Artes. Transfere-se para o Rio de Janeiro logo em seguida, onde estuda na Escola Nacional de Belas Artes e desenvolve sua carreira artística. Em 1950, juntamente com Carlos Scliar, Glênio Bianchetti, Danúbio Gonçalves e Vasco Prado, cria o Clube da Gravura de Porto Alegre e o de Bagé.
Em 1960, participando do IX Salão Nacional de Arte Moderna, obtém prêmio de viagem ao exterior. Participou da Bienal de Paris em 1961, no ano seguinte viaja para Roma onde permanece até1965. Realizou exposições individuais na Alemanha (München, Stuttgard e Frankfurt). Em Roma, em 1963, expõe na Galeria d'Arte della Casa do Brasil. Em 1964, participa da XXXII Bienal de Veneza. Em 1967 recebe prêmio na IX Bienal Internacional de São Paulo.
A partir de 1969 faz várias exposiçoes individuais no Rio, São Paulo, Brasilia e em 1975, expôs, juntamente com Danúbio Gonçalves, Carlos Scliar e Glênio Bianchetti, no Salão de Atos da UFRGS, sob o título de Tradições Gaúchas.
Em 1985, realiza aquarelas de paisagens gaúchas para a abertura e vinhetas da minissérie O TEMPO E O VENTO, de Érico Veríssimo, para a TV Globo e que se encontram no MARGS em Porto Alegre.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

COISA MAIS TCHUQUETCHUQUE..RSRSRS

Marquei de encontrar um amigo no dia das bruxas, ou como está ficando conhecido, no dia de Halloween. Acho tão triste começarmos a comemorar essas datas tendo tantas datas legais e tão rico folclore nesse território de chão sem fim, que é o Brasil. É como essa enxurrada de palavras em inglês que enchem os msns, orkuts, twitters, etc. Esse anglofilismo, americanismo é a cultura enlatada vencendo nossos regionalismos, nossa brasilidade, nossa identidade. O tal Hallowenn vem da antiga cultura Celta, ritual pagão, que comemorava o ano novo dos caras, pelo menos é o que acho que é. É interessantíssimo, mas comemorarmos como se Anglo-saxões fossemos??Sabiam que desde 2004 o dia 31/10 é considerado o dia do Saci? Pô o Saci-pererê é uma ótima lenda folclórica nacional, não seria mais interessante comemorarmos nossas lendas do que macaquear os gringos? Não quero ser chata, com arroubos nacionalistas, só quero refletir um pouco sobre isso. Afinal quando uma cultura externa consegue sobrepor-se às locais isso é o que? Imperialismo? E quando conseguimos comemorar nossas próprias lendas creio ser resistência. Ah, já ia esquecendo, vou comemorar no dia 31/10 o dia do Saci, pq além dele ter a malícia, a ginga e superar suas limitações - como boa parte dos brasileiros, ele é o mascote do meu time o Internacional!

Segundo o Brasil-escola:

O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil.

O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca.
Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de possuir um rabo típico.

Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito, uma espécie de cachimbo e ganhou da mitologia européia, um gorrinho vermelho.
A principal característica do saci é a travessura, muito brincalhão ele se diverte com os animais e com as pessoas, muito moleque ele acaba causando transtornos como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.

Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos.
Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.
Diz também a lenda, que os Sacis nascem em brotos de bambus, nestes eles vivem sete anos e após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

O rosto dele era um mapa geográfico. Mapa físico, cheio de ranhuras. Não era velho - era marcado, lanhado. Quando o vi pela primeira vez senti certa repulsa. Nunca o vi bebendo água, a isso atribuí sua secura. Acordava bebendo qualquer líquido que contivesse álcool. Nunca água. Com nossa convivência fui me acostumando e esse fato tornou-se natural. Habituamo-nos com tudo, ou quase tudo. A casa ficava numa colina, na verdade num declive que chamávamos colina. O aluguel era em conta, podíamos pagar com o que descolávamos nas ruas dando pequenos golpes. À noite o trânsito de pessoas era incontável, acordávamos sempre com gente estranha espalhada pela casa. Nossa vida era levada em meio a bruma da fumaça e dos vestígios de diálogos. Não lembro de grandes conversas. Lembro de grandes olhares, de sensações. As palavras não eram nosso forte. Foi assim até o fim. Sou um sujeito de poucas palavras e ele também o era. Não sei quando nos apaixonamos por ela. Creio que foi no mesmo dia que nos desapaixonamos por nós mesmos. Ela era fatal e deliciosa. Quando a preparávamos, no início, era tão prazeiroso que posso sentir seu gosto ainda hoje. Quando ela nos dominou já não tinha tanta graça assim. Acabou com ele caído ao chão, o arpão no braço e o último papelote dela em cima da estante. Nunca mais senti seu toque.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Respondi a um anúncio de uma 'faculdade' de Brasília que pedia um professor de história com no mínimo especialização. Bueno, tô querendo voltar a dar umas aulinhas, então respondi ao anúncio. Me ligaram na sexta-feira e marcaram a entrevista pra hoje. Pediram para os candidatos escreverem uma redação sobre ensino à distância. Óquei, escrevi e me postei na fila para a entrevista. Pelo que pediam no anúncio e pela seleção achei que era uma vaga para professor desses cursos à distância que pipocam pelo Brasil. CHOQUE, quando a 'coordenadora pedagógica' diz que era para ser monitor do curso. Um professor dá aulas por video-conferência e o monitor fica em sala de aula, logo quem está alí fisicamente dando aula é o monitor. As aulas seriam todas as noites das 18:30h às 22:50h em Samambaia, ah! E mais aos sábados. Quando ela falou o salário por essa carga horária eu comecei a rir, sério, ri de nervosa. Sabe quanto? R$ 569,00, que com os descontos e o que eu iria gastar de gasolina daria o que? Uns R$350,00?? Muita cara de pau e má fé. Te contratam como 'monitor' para fazer trabalho de professor universitário e ainda por cima têm o topete de exigir especialização. Meu, além de dizer para a entrevistadora, que eu não iria querer a vaga por que não achei minha formação no lixo, denunciei-os à Secretaria de Educação. Nós temos um piso estipulado a ser pago. Fiquei orgulhosa que tod@s que disputavam a vaga para história se negaram a pegar, mesmo quem estava desempregado. Sabemos pq essas 'faculdades' pagam esses salários ridículos: pq tem gente que prostitui seu conhecimento e pq cada vez mais a educação é nada!
Tô indo pro Maranhão dia 6/11, 2 dias pra conhecer e os outros de trampo. Não conheço São Luís, que é a única cidade brasileira fundada pelos franceses...Quem tiver alguma dica que não seja os lençóis maranhenses, escreva!!
Estávamos na auto-estrada voando num carro que devia ter uns 30 anos de uso. Mas era classudo, um rabo de peixe que em seus dias de glória fizera bonita figura. Eu não ia ao volante. Nunca dirigi. Nunca gostei. Resquícios da forçação de meu pai, um cara que sonhou a metade da vida com um possante que nunca pode pagar. Meu velho é um camarada que nasceu numa dessas cidadezinhas minúsculas do Hemisfério Norte. Quando eu mal tocava nos pedais de um carro ele já me colocava na direção. Pobre diabo, eu nunca quis dirigir. Meus homens sempre o fizeram por mim. Mas nesse dia, corríamos feito loucos pela pista, sem medo nem frescuras. O cara do volante bebia doses em cada gole, eu fumava meu baseado tranquilamente tentando ver a paisagem que passava como em flashes. Concretamente, éramos um bando de desocupados sem culpa de sê-lo. Víviamos com recursos de pensões, pecúlios, etc,.. sem maiores preocupações em ter que garantir o sustento. O que ganhávamos dava pra pagar a bebida, o baseado e meter o pé na estrada. Parávamos somente para comer ou vomitar - incrível como a qualidade da bebida decaiu nesses últimos anos. Passávamos desapercebidos pelas cidades maiores, mas nas pequenas, praticamente éramos atrações de circo. Viajávamos em seis, transávamos entre nós, e com quem nos agradasse pelo caminho. Nunca nos aborrecíamos uns com os outros - havia uma espécie de pacto silencioso de não nos atentarmos com coisas que a maior parte das pessoas se aborreceria: pés sujos, migalhas pelo carro, baganas, falta de banho, bebidas derrubadas,..Não deixávamos que nada nos indispusesse uns com os outros. Você deve estar se perguntando:- Pô ,quem vive assim tão desencanado? Conviver é sinônimo de treta..Mas conosco não. O único pacto implícito era o de que quando começassem os atritos o grupo se separaria. O que ocorreu 13 meses e 21 dias após o início de tudo. Foi num final de tarde alaranjado, cada qual com seu copo na mão..

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Muito legal o espaço do Teatro de Arena no Guará. O festival de blues trouxe grandes nomes e músicos excelentes. Dá uma pena que tenha ficado vazio. Era de graça e tinha música de qualidade, mas não lotou, sequer encheu. Ouvi de um cara: - se fosse axé tava lotado..Triste isso, né? Muito triste..

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Brasília tá cheia de coisa boa pra fazer nesse findi: Hoje no Complexo da República Hamilton de Holanda com Hermeto Pascoal de GRAÇA, também free tá rolando o festival de Blues no Plano e no Guará. Pra quem tem uma grana no bolso pode ver o Pet Shop Boys na Marina e com menos grana se vê Renato Teixeira ou o lindo Zé Renato no sábado.
Além de outras cositas mas.
Aproveitem!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Imperdível. Blues na veia!! http://www.festivalrepublicablues.com.br/

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mais um aniversário em Bsb, foi o 3º. O do ano passado foi num sábado e passei com uma dor da porra, se não fossem os mimos recebidos, teria sido insuportável. Esse ano foi gente que eu não esperava e faltaram outras que eu tinha certeza que iriam- é, tudo que é sólido se desmancha no ar..
Minha amiga Reichel queria ir dançar depois de jantarmos, optamos por bailar ao som da Elza Soares e do Farofa Carioca na Esplanada. Viva os shows frees e ao ar livre, viva a Esplanada sendo ocupada, aproveitada, alegrada. Eu tava alegrete de estar com meus amigos daqui de Bsb, e feliz que os de Poa, Recife, Minas, Natal estavam me ligando pra dar um alô. Mas sabe aquela tristezinha por não querer envelhecer? É mais difícil pra alguns..Ainda bem que eu penso nisso mas daqui a pouco vem a vida e xit! Dá uma chicotada de ensinamento na gente. Pô cara, a Elza entrou no palco com quase 80 anos, e tava lá cheia de vigor, de felicidade de viver a vida e toda malhadinha rsrss. Sou um bebê ainda, tenho muito pra viver, conhecer, aproveitar. Ah! E a Reichel que tanto queria um namorado começou a namorar no meu niver e meu maior presente é que ela tá feliz que saltam faíscas dos olhos..