

Tô curtindo o blog, acho que é pq sempre gostei de diários...A humanidade ama uma fofoca, um segredo, e o diário é um espetáculo do privado, onde fofoquinhas e segredinhos borbulham...O primeiro livro "sério" que lembro de ter lido foi Clarissa. Como muitas meninas fui obrigada a fazer ficha de leitura desse delicado livro do Érico Verissimo...Ah! Clarissa abriu uma janela pra mim naqueles tempos...janela da qual defenestrei-me para o abismo da fantasia. A obrigação que a professora me impôs ao "fichar" o livro transformou-se no mais belo brinquedo. O livro, em forma de diário, tinha o intimismo necessário para envolver uma menina de 9 anos com as aventuras de uma de 13. Era a história de uma menina vivendo na década de 30 e 50 anos nos separavam, mas as descobertas, as dúvidas, os anseios que eu lia no diário de Clarissa, eram as minhas também. Claaaaro que também comecei meu diário e com ele o exercício da escrita.
Depois veio a Claudine, menina de 15 anos, que contava coisas mais "picantes" em seu diário. Colette colocava na boca de sua personagem diabruras mil, e eu amava cada uma delas...Todos os livros da série Claudine utilizavam o recurso do diário, é como se entrassemos na mente do personagem, descobrindo os reconditos mais luminosos e mais sombrios de sua mente. Esse é um tipo de literatura que me marcou profundamente. Entre os 9 e 10 anos conhecer Érico e Colette de uma só vez e ainda por cima ler seus personagens por diários, foi muita sorte!! Mas voltando, acho que é por isso que tô curtindo esse blog, além de voltar a exercitar (mal) a escrita, também relembro os diários da infância...
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