Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça. Karl Marx.

Pesquisar este blog

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Os trópicos e o mundo ficaram mais tristes hoje. E mais vazios. Morreu a gracinha do Lévi-Strauss. Ele viveu no Brasil por pouco tempo, mas intensamente. Aliás foi muito das coisas que ele viu por aqui, nas tribos indígenas por onde passou, que fez com que ele escrevesse seus livros, principalmente Tristes Trópicos, e lançasse as bases da antropologia moderna. Viveu por aqui entre 1935 e 39. Com 27 anos ajudou a fundar a USP. Foi um cara que me influenciou pra caralho, principlamente a ter um outro olhar para o 'outro', comecei a abrir meus olhos para a alteridade com ele. Publicou mais de 30 livros e ajudou a entender o homem e sua relação com a cultura. O impacto de sua obra foi percebido só pela década de 60. Legal um homem que acompanhou um século inteirinho e viu a entrada de um novo milênio. Legal um homem que não só viu como refletiu sobre isso. O Lévi-Strauss tinha um texto limpo, fluido, fluente, era um Proust da literatura antropológica. O Caetano citou ele numa bela canção: "o antropólogo Claude Lévi-Strauss detestou a baía de Guanabara, pareceu-lhe uma boca banguela..."ahahah, bem Strauss...

2 comentários:

Cachorro de 3 pernas disse...

E eu tava jurando que era o cara da calça jeans! :PPP

vanvader disse...

santa ignorância Batman rsrsrsr