Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça. Karl Marx.

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Bombril e Borregard

Piazita ainda, ficava indignada quando apareciam na tv aquelas linhas verticais. Pô duma hora pra outra ficava sem a mulher maravilha, a mulher biônica, as panteras, a corrida maluca, o Utraseven,..Bah! Aquele arremedo de zebra estragava meu dia. Então gritava pro pai: Arruma a tv!! Ele vinha, com sua calma peculiar, e se fosse só um chuvisco ajeitava ou trocava o bombril e seguia o baile..Agora, se fossem as tais linhas ele dizia um enigmático - é lá, é lá. Porra!Lá aonde eu pensava. Não possuia a abstração necessária pra concatenar que o "é lá" era a torre da TV que ficava no morro Santa Tereza, que abriga os estúdios de rádio e televisão até hoje. Muito menos os adultos perdiam tempo, há 30 anos atrás, em explicações mais "rebucadas" com as crianças. Sapecar um - é lá, tava de bom tamanho. Só que teve seu preço, uma bela manhã peguei a chave de fenda dele e abri a tv, pra mim o é lá era lá...

Outro grande mistério da infância tem a ver com cheiro. Até o final dos anos 70, comecito dos 80, um cheiro horrível invadia a cidade em algumas horas do dia. Lá vinha a pergunta: -Que cheiro é esse? - É a Borregard guria!

Nunca me atrevi a perguntar o que era a tal, mas pelo cheiro imaginava um monstro, como os dos seriados do Ultraman, bem gosmento, horroroso e muito fedorento. Cresci com aquele cheiro e num é que estava certa! A tal Borregard era um monstro: uma multinacional francesa de celulose que se instalou na cidade na década de 60 e o cheiro fazia parte do pacote dos dejetos químicos que eles largaram por 20 no nosso lindo Guaíba. Trocamos uns monstros por outros...
Bueno, como ainda não tive tempo de aprender a utilizar bem minha câmera, não tenho as fotos de NY. Meu conselho pra quem quer conhecer essa cidade única é ir fora de temporada de final de ano. Tá, as grandes liquidações são nessa época, algumas ruas estão lindas, as vitrines da 5ª Av são verdadeiras obras de arte,...Mas é a época que mais tem turista de tudo que é canto, você pode pegar uma nevasca - nós só não pegamos ela lá, pq ficamos retidas no Chile, o que tem de carimbo do Chile no meu passaporte... além disso é fila pra tudo, tudo mesmo.

O sistema de metrô é fantástico, tem linha pra tudo que é lado e 24h. É só comprar o MetroCard,  cartão de passes ilimitados tanto pra bus como metrô, que pode ser por uma semana e custa U$ 29,00. Barbada pra turista que quer conhecer tudo por lá. Em todos os hotéis tem o mapa das linhas do metrô, depois de uns 3 dias - se você for ligado - saberá se virar muito bem. Fiquei 8 dias e nos últimos 2 já dava até informação sobre as linhas kkk.

Você pode passar lá com poucos dólares. Uma refeição gostosa em Chinatown, macarrão bem fininho frito com muito legume e frango mais outro prato delicioso, que comeriam 3 pessoas, sai por 16 dólares. Também tem opções como o Carmine's e Di napolli, que servem porções gigantescas, 4 pessoas comem de boa por 30 dólares. Fora o paraíso dos fastfoods a Wendy's - pq não tem Wendys no Brasil????Um Chilli gostoso e quentinho no friozinho por 1,69, saladinha bem gostosa por 1,49 e muitas opções por 0,99. Um verdadeiro paraíso. Não gastamos muito com rango, mas também não bebemos - nem dava tempo.

Muitas cidades por mais legais que sejam depois de uns dias dá vontade de voltar. Como SP. Adoro muitas coisas lá mas não quero morar. Agora NY, moraria de olhos fechados, quer dizer: BEM abertos. É uma energia aquilo lá.

Acho que ficaria pelo Brooklyn, na parte que é perto de Manhattan. No Brooklyn que fui ouvir aqueles corais lindos de Gospel, na Tabernacle Church, o pessoal da Igreja nos tratou tão bem e o sermão é absurdamente diferente dos crentes daqui. Aqui é só falação do Diabo o tempo todo, lá são sermões afirmativos que colocam a moçada pra cima, tipo: você é lindo, você é massa. O cara sai de lá bem, principalmente pq culmina o culto com aqueles vozeirões. Lindo demais.

E os Museus? Ah os museus... O MoMa, de arte contemporânea achei legal. O Museu do Índio, bem pertinho da barca para ir à Estatua da Liberdade - que é menor que o Cristo, viu? E um dos que mais amei: The Brooklyn Museum - olha aí de novo o meu 'bairro', na verdade ele não é bem um bairro é um distrito. NY é formado por 5 distritos: Queens, Brooklyn, Bronx, Staten Island e Manhattan.
O Brooklyn Museum tem uma das maiores coleções de arte egípcia do mundo. É muito à fudê.

Vou ter que vazar, depois conto mais..

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Que que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que já nem me lembro
Lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
Que que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo
Passas por mim
E um silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar
O quê que eu vou fazer pra te lembrar?
Como tantos que eu conheço
E esqueço de amar
Em que espelho teu
Sou eu que vou estar?
A te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus vai apagar.
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus vai apagar.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Voltei de NY agora, no finalzinho da semana passada. Apesar de ser uma época louca para ir - final de ano é um bando de loucos a procura de ofertas e mais ofertas que estão por toda a cidade - vale a pena. Vale mesmo.

A diversidade cultural é realmente fantástica, andar pelo Brooklin, Queens, Bronx, Harlem e também pela 5ª Avenida, Times Square, Broadway é à fudê.

Tô meio sem tempo de escrever agora, mas quando tiver já aprendido a manejar minha máquina, pra poder descarregar as fotos, escrevo sobre a Grande Maçã.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ia escrever sobre o jogo de ontem, mas os colorados Fabrício Carpinejar e Mário Corso disseram tudo:

O Inter é o Barcelona de 2006. Subestimou os africanos de Mazembe. Assim como os catalões haviam menosprezado o colorado de Iarley e Fernandão.
Perdeu a semifinal do Mundial pela sua soberba. Criou o salto alto durante o Brasileiro. Inventou de economizar os craques, poupar suas estrelas, não gastá-los no segundo semestre. Um time se forja no embate, é ali que vai encontrar seu limite, não em treinos (até porque sequer existiu fidelidade aos treinos. Acostumado ao 4-4-2, o grupo atuou no esquisito 4-2-3-1).
Qual foi o último jogo sério do Inter antes dessa derrota? Alguém lembra? Depois da conquista da Libertadores, restou munição de festim. O Inter parou no tempo, congelou a imagem da vitória sobre o Chivas e substituiu a alta performance pelas lembranças.
Planejamos nossa desagregação; descobrimos da pior forma. A despedida no Beira-Rio, contra o Avaí, já mostrava antecipada a cara da desgraça. Dificuldade de concluir e uma retaguarda perdida.
O elenco aterrissou em Abu Dhabi com retrospecto de amistoso. Celso Roth abriu mão do verdadeiro laboratório para um time: a competição. Não há como se armar para uma guerra com ímãs de geladeira. 
Quem enxergou diferença entre essa terça (14/12) com Mazembe e as últimas rodadas coloradas do Brasileirão? Ninguém. Um time que avança pelos lados e não tem conclusão nenhuma. Excessivamente perdulário. Rafael Sobis desperdiçou três claras chances de gol, Giuliano desprezou uma bola fácil, entramos em campo procurando um centroavante (Alecsandro não tem GPS). Trocamos o entrosamento que só se atinge no conflito pela ideia de preservar os atletas. O Inter estava tão descansado que dormiu no ponto. Entrou de férias no Mundial.
Os mesmos problemas: substituições equivocadas, Renan assistindo as bolas entrando, Bolívar e Índio formando uma zaga lenta, Kléber apagado e um ataque inoperante.
Como apontou José Roberto Torero, os jogadores erraram o ritmo, nervosos no momento de calma e indiferentes nos instantes derradeiros de loucura.
A equipe de Congo deixou o Inter livre no primeiro tempo, para conduzi-lo a uma emboscada. Fez tudo certo, segurou o resultado para um gol certeiro no início do segundo tempo, criou o pânico e desferiu o tiro de misericórdia aos 40 minutos. O técnico Lamine N' Diaye foi um estrategista; Celso Roth, apenas mais um bufão, o verdadeiro sapo de macumba enterrado na goleira de Kidiaba.
Não é o melhor time que ganha, é sempre o mais preparado.
A dor de hoje é a maior aflição que o torcedor já sentiu, proporcional ao tamanho de sua esperança. 
Talvez tenha sido o fracasso mais inesquecível do centenário colorado: tornou-se o primeiro sul-americano eliminado nas semifinais do Mundial. Decidir o terceiro lugar equivale a ser rebaixado moralmente a uma segunda divisão internacional.
Temos uma vida pela frente para aprender a pronunciar Kabangu e Kaluyituka. O sofrimento agora é um jogo de soletração
Porque se o Inter não tivesse sido campeão do mundo não desfilaria com empáfia. Não agiria com desdém diante do adversário. Pretendia repetir a história como se não existisse a glória de 2006. Imitar é empobrecer. O clube levou o precoce Oscar como se fosse Alexandre Pato, reintegrou Tinta e Sobis, heróis da América de 2006, desprezando o condicionamento físico.
Não éramos mais Davi, mas Golias no estádio Mohammed bin Zayed.
Merecemos todas as pedras. O gigante caiu.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


É HOJE O JOGO. ÀS 14H O BRASIL É COLORADO. DÁ-LHE INTERNACIONAL! VAMOS MANDAR ELES DE VOLTA PRA MÃE ÁFRICA.
O CORAÇÃO TÁ BATENDO FORTE EMBAIXO DA CAMISA VERMELHA!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Voltei de Sampa. Bebi na Ipiranga com a Av. São João, subi a Augusta a 1 por hora e me deliciei na Liberdade. Também comi o entrecot do Olivier, com o próprio presente, delicinha..E trampei muito, muito mesmo.

Sempre gosto de ir ao MASP, onde mais no Brasil eu veria um Picasso, Manet, Van Gogh, Bosch, ... O fdp do Chateaubriand aproveitou-se da fragilidade financeira do pós guerra e comprou muita coisa a troco de banana, principlamente de colecionadores judeus, mas o acervo é coisa rara tratando-se do Brasil.

Buenas, tô de volta a 'minha' cidade. Já estava com saudades.